ABSTRACT Objective Identify difficulties in adolescents’ access to contraceptive care and information, based on perceptions and experiences of health workers in Huechuraba, in the Metropolitan Region of Chile. Methods This qualitative, descriptive study incorporated principles of participatory action research, involving health care teams in the survey and data analysis, and generating proposals for improvement. Seventeen (17) semi-structured individual interviews and one group interview were conducted with professionals and technical personnel involved in adolescent care in the commune’s health centers. Results Health workers perceived that adolescents were having difficulties reaching the centers due to cultural factors, lack of information, lack of health activities in the community, while administrative requirements and procedures hindered access to care. Shortcomings were evident in the management and interpretation of fertility regulation standards and of current legislation, and in the absence of explanatory frameworks recognizing adolescents’ gender, sexual, and reproductive rights. Conclusions Adolescents and their needs have a low profile and there are conflicts between theory and practice regarding access to contraception and counseling, with a lack of definitions or agreements that take into account social and cultural contexts. It is urgent to provide health workers with training on gender and sexual and reproductive rights, together with opportunities for reflection in order to generate coordinated and effective approaches. Efforts are required to disseminate the program and organize activities in community spaces, together with other community sectors.
RESUMEN Objetivo Identificar dificultades para el acceso a atención e información en anticoncepción de adolescentes desde percepciones y experiencias de trabajadores de la salud de Huechuraba, en la Región Metropolitana de Chile. Métodos Este estudio cualitativo y descriptivo incorporó principios de investigación acción participativa involucrando a equipos de atención en el levantamiento y análisis de información, con generación de propuestas de mejora. Se realizaron 17 entrevistas individuales semiestructuradas y una entrevista grupal, con profesionales y técnicos involucrados en la atención de adolescentes en centros de salud de la comuna. Resultados Trabajadores de la salud percibían dificultades en la llegada de adolescentes a los centros por razones relacionadas a factores culturales, falta de información y de actividades de salud en la comunidad. Existen requisitos administrativos y tramitaciones que obstaculizan el acceso a la atención. Se evidenciaron falencias en el manejo e interpretación de normas de regulación de la fertilidad y de la legislación vigente y ausencia de marcos explicativos que reconociesen el género y derechos sexuales y reproductivos de los adolescentes. Conclusiones Existe poca visibilidad de los adolescentes y sus necesidades, y contradicciones entre los discursos y las prácticas, con ausencia de definiciones y acuerdos para el acceso a anticoncepción y consejería que consideren contextos sociales y culturales. Urge la implementación de acciones de capacitación para trabajadores de la salud en género y derechos sexuales y reproductivos, junto con espacios de reflexión para generar abordajes articulados y efectivos. Se requieren esfuerzos de difusión del programa y realización de actividades en espacios comunitarios, junto con otros sectores comunales.
RESUMO Objetivo Identificar dificuldades de acesso à atenção e informações relacionadas aos métodos anticoncepcionais entre adolescentes com base em percepções e experiências dos profissionais de saúde de Huechuraba, na região metropolitana de Santiago, Chile. Métodos Estudo qualitativo descritivo realizado segundo os princípios de pesquisa-ação participativa envolvendo pessoal da saúde na coleta e análise das informações, com a produção de propostas para melhoria. Foram realizadas 17 entrevistas semiestruturadas individuais e uma entrevista em grupo com profissionais e pessoal técnico que prestam atenção a adolescentes em centros de saúde comunitários. Resultados Os profissionais de saúde perceberam dificuldade na chegada dos adolescentes aos centros por fatores culturais e pela falta de informação e de atividades de saúde na comunidade. Existem requisitos administrativos e diligências que são obstáculos ao acesso à atenção. Foram evidenciadas falhas na gestão e interpretação das normas de regulação da fertilidade e da legislação vigente e a ausência de enquadramentos explicativos que reconhecessem o gênero e os direitos sexuais e reprodutivos dos adolescentes. Conclusões Os adolescentes e suas necessidades têm pouca visibilidade e existem contradições entre os discursos e as práticas, com a falta de definições e acordos para o acesso a métodos anticoncepcionais e orientação que levam em consideração os contextos socioculturais. É premente a implementação de ações de capacitação para os profissionais de saúde em gênero e direitos sexuais e reprodutivos, assim como de espaços de reflexão para elaborar enfoques articulados e efetivos. São necessários esforços para divulgar o programa e realizar atividades em espaços comunitários, junto com outros setores da comunidade.