Diversos países latino-americanos já alcançaram avanços notáveis na oferta de assistência em saúde mental para pessoas com psicoses. No entanto, as clínicas de saúde mental geralmente realizam atividades de extensão muito limitadas dentro das comunidades, tendem a ter vínculos fracos com a assistência primária, raramente envolvem os próprios pacientes nos cuidados e poucas vezes prestam serviços orientados para a recuperação. O artigo descreve um estudo piloto randomizado e controlado sobre a Critical Time Intervention-Task Shifting (CTI-TS), que teve como objetivo analisar essas limitações. O estudo piloto foi realizado em Santiago (Chile) e no Rio de Janeiro (Brasil). Teve como meta a inclusão de 110 pessoas com psicose, recrutadas no momento da entrada em clínicas comunitárias de saúde mental. Os participantes foram randomizados para o CTI-TS ou para os cuidados usuais. Aqueles alocados ao grupo da intervenção receberam os cuidados usuais e os serviços de CTI-TS ao longo de 9 meses. Os desfechos primários incluíram a qualidade de vida (WHO Quality of Life Scale - Brief Version) e as necessidades não atendidas (Camberwell Assessment of Needs) no acompanhamento aos 18 meses. Os desfechos primários aos 18 meses serão analisados com a técnica de Equações de Estimação Generalizadas (GEE), com as observações agrupadas dentro dos locais do estudo. Serão utilizados modelos em três níveis para examinar as tendências temporais nos desfechos primários. Procedimentos semelhantes serão utilizados para analisar os resultados secundários. Espera-se que o estudo forneça uma base para planejar um estudo randomizado e controlado em grande escala e em múltiplos locais para estabelecer a eficácia da intervenção orientada para a recuperação, a exemplo da CTI-TS, na América Latina.

Several Latin American countries have made remarkable strides towards offering community mental health care for people with psychoses. Nonetheless, mental health clinics generally have a very limited outreach in the community, tending to have weaker links to primary health care; rarely engaging patients in providing care; and usually not providing recovery-oriented services. This paper describes a pilot randomized controlled trial (RCT) of Critical Time Intervention-Task Shifting (CTI-TS) aimed at addressing such limitations. The pilot RCT was conducted in Santiago (Chile) and Rio de Janeiro (Brazil). We included 110 people with psychosis in the study, who were recruited at the time of entry into community mental health clinics. Trial participants were randomly divided into CTI-TS intervention and usual care. Those allocated to the intervention group received usual care and, in addition, CTI-TS services over a 9-month period. Primary outcomes include quality of life (WHO Quality of Life Scale - Brief Version) and unmet needs (Camberwell Assessment of Needs) at the 18-month follow-up. Primary outcomes at 18 months will be analyzed by Generalized Estimating Equations (GEE), with observations clustered within sites. We will use three-level multilevel models to examine time trends on the primary outcomes. Similar procedures will be used for analyzing secondary outcomes. Our hope is that this trial provides a foundation for planning a large-scale multi-site RCT to establish the efficacy of recovery-oriented interventions such as CTI-TS in Latin America.

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Diversos países latino-americanos já alcançaram avanços notáveis na oferta de assistência em saúde mental para pessoas com psicoses. No entanto, as clínicas de saúde mental geralmente realizam atividades de extensão muito limitadas dentro das comunidades, tendem a ter vínculos fracos com a assistência primária, raramente envolvem os próprios pacientes nos cuidados e poucas vezes prestam serviços orientados para a recuperação. O artigo descreve um estudo piloto randomizado e controlado sobre a Critical Time Intervention-Task Shifting (CTI-TS), que teve como objetivo analisar essas limitações. O estudo piloto foi realizado em Santiago (Chile) e no Rio de Janeiro (Brasil). Teve como meta a inclusão de 110 pessoas com psicose, recrutadas no momento da entrada em clínicas comunitárias de saúde mental. Os participantes foram randomizados para o CTI-TS ou para os cuidados usuais. Aqueles alocados ao grupo da intervenção receberam os cuidados usuais e os serviços de CTI-TS ao longo de 9 meses. Os desfechos primários incluíram a qualidade de vida (WHO Quality of Life Scale - Brief Version) e as necessidades não atendidas (Camberwell Assessment of Needs) no acompanhamento aos 18 meses. Os desfechos primários aos 18 meses serão analisados com a técnica de Equações de Estimação Generalizadas (GEE), com as observações agrupadas dentro dos locais do estudo. Serão utilizados modelos em três níveis para examinar as tendências temporais nos desfechos primários. Procedimentos semelhantes serão utilizados para analisar os resultados secundários. Espera-se que o estudo forneça uma base para planejar um estudo randomizado e controlado em grande escala e em múltiplos locais para estabelecer a eficácia da intervenção orientada para a recuperação, a exemplo da CTI-TS, na América Latina.

Several Latin American countries have made remarkable strides towards offering community mental health care for people with psychoses. Nonetheless, mental health clinics generally have a very limited outreach in the community, tending to have weaker links to primary health care; rarely engaging patients in providing care; and usually not providing recovery-oriented services. This paper describes a pilot randomized controlled trial (RCT) of Critical Time Intervention-Task Shifting (CTI-TS) aimed at addressing such limitations. The pilot RCT was conducted in Santiago (Chile) and Rio de Janeiro (Brazil). We included 110 people with psychosis in the study, who were recruited at the time of entry into community mental health clinics. Trial participants were randomly divided into CTI-TS intervention and usual care. Those allocated to the intervention group received usual care and, in addition, CTI-TS services over a 9-month period. Primary outcomes include quality of life (WHO Quality of Life Scale - Brief Version) and unmet needs (Camberwell Assessment of Needs) at the 18-month follow-up. Primary outcomes at 18 months will be analyzed by Generalized Estimating Equations (GEE), with observations clustered within sites. We will use three-level multilevel models to examine time trends on the primary outcomes. Similar procedures will be used for analyzing secondary outcomes. Our hope is that this trial provides a foundation for planning a large-scale multi-site RCT to establish the efficacy of recovery-oriented interventions such as CTI-TS in Latin America.

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Diferentes contextos culturais contribuem para a variação substancial do estigma enfrentado por pessoas com psicose globalmente. Nós propomos uma nova formulação de como a cultura afeta o estigma para criar instrumentos validados psicometricamente a fim de avaliar os efeitos específicos do estigma cultural. Propomos a construção de medidas específicas de estigma cultural no contexto chileno através de: 1) administração aberta de escalas "universais" de estigma em uma amostra de indivíduos com psicose, parentes e entrevistados da comunidade; 2) análise qualitativa para identificar as formas de estigma cultural e extrair itens específicos de stigma cultaral; 3) construção e testes-piloto de medidas finais específicos de estigma cultural; 4) validação psicométrica inicial entre uma amostra de indivíduos com psicose. Identificamos hipóteses iniciais de como o estigma pode ameaçar as capacidades de participar em atividades fundamentais mais importantes no contexto chileno. Estes incluem o estigma de a doença mental ameaçar a capacidade do homem para proteger a honra da família, e da capacidade da mulher para ser uma "santa e pura" mãe. O estigma da doença mental pode comprometer ainda mais a capacidade da família para sustentar as obrigações recíprocas dentro de sua rede social. Desenvolvimento de tais medidas promete ajudar os esforços para abordar formas específicas de estigma cultural, e para facilitar a implementação de serviços comunitários de saúde mental, no Chile e em outros contextos latino-americanos.

Different cultural contexts contribute to substantial variation in the stigma faced by people with psychosis globally. We propose a new formulation of how culture affects stigma to create psychometrically-validated tools to assess stigma's culture-specific effects. We propose to construct culture-specific stigma measures for the Chilean context via: 1) open-ended administration of 'universal' stigma scales to a sample of individuals with psychosis, relatives, and community respondents; 2) qualitative analyses to identify how culture shapes stigma and to derive initial 'culture-specific' stigma items; 3) construction and pilot-testing of final 'culture-specific' stigma measures; 4) initial psychometric validation among a sample of individuals with psychosis. We identify initial hypotheses for how stigma might threaten the capacities to participate in fundamental activities that 'matter most' in the Chilean context. These include mental illness stigma threatening the man's ability to protect the honor of the family, and the woman's ability to be a 'holy and pure' mother. Mental illness stigma may further endanger the ability of the family to uphold reciprocal obligations within their social network. Developing such measures promises to aid efforts to address culture-specific forms of stigma, and to facilitate implementation of community mental health services, in Chile and other Latin American contexts.

OBJECTIVE: To assess the availability of essential health services in northern Liberia in 2008, five years after the end of the civil war. METHODS: We carried out a population-based household survey in rural Nimba county and a health facility survey in clinics and hospitals nearest to study villages. We evaluated access to facilities that provide index essential services: artemisinin combination therapy for malaria, integrated management of childhood illness, human immunodeficiency virus (HIV) counselling and testing, basic emergency obstetric care and treatment of mental illness. FINDINGS: Data were obtained from 1405 individuals (98% response rate) selected with a three-stage population-representative sampling method, and from 43 of Nimba county's 49 health facilities selected because of proximity to the study villages. Respondents travelled an average of 136 minutes to reach a health facility. All respondents could access malaria treatment at the nearest facility and 55.9% could access HIV testing. Only 26.8%, 14.5%, and 12.1% could access emergency obstetric care, integrated management of child illness and mental health services, respectively. CONCLUSION: Although there has been progress in providing basic services, rural Liberians still have limited access to life-saving health care. The reasons for the disparities in the services available to the population are technical and political. More frequently available services (HIV testing, malaria treatment) were less complex to implement and represented diseases favoured by bilateral and multilateral health sector donors. Systematic investments in the health system are required to ensure that health services respond to current and future health priorities.

OBJETIVO: Evaluar la disponibilidad de servicios de salud esenciales en el norte de Liberia en 2008, cinco años después de acabada la guerra civil. MÉTODOS: Llevamos a cabo una encuesta de hogares basada en la población en el distrito rural de Nimba y una encuesta de establecimientos de salud entre los dispensarios y hospitales más próximos a las aldeas estudiadas. Se evaluó el acceso a instalaciones que prestan servicios esenciales empleados como indicadores: tratamiento combinado con artemisinina contra la malaria, atención integrada a las enfermedades de la infancia, asesoramiento y pruebas del VIH, atención obstétrica de urgencia y tratamiento de las enfermedades mentales. RESULTADOS: Los datos empleados corresponden a 1405 personas (98% de respuestas) seleccionadas mediante un método de muestreo en tres etapas representativo de la población, y a 43 de 49 establecimientos de salud del distrito de Nimba seleccionados por su proximidad a los aldeas estudiadas. Todos los encuestados pudieron acceder a tratamiento antimalárico en el centro más próximo, y el 55,9% pudo acceder a las pruebas del VIH. Solo un 26,8%, 14,5% y 12,1% tuvieron acceso a los servicios de atención obstétrica de urgencia, atención integrada a las enfermedades de la infancia y salud mental, respectivamente CONCLUSIÓN: Aunque se ha avanzado en la prestación de servicios básicos, los liberianos de zonas rurales siguen teniendo un acceso limitado a servicios de salud que salvan vidas. Las razones de esa disparidad de la disponibilidad de servicios para la población son de índole técnica y política. Los servicios más disponibles (pruebas del VIH, tratamiento de la malaria) eran de aplicación menos compleja y correspondían a enfermedades favorecidas por donantes bilaterales y multilaterales del sector de la salud. Hay que hacer inversiones sistemáticas en el sistema sanitario para garantizar que los servicios de salud respondan a las prioridades sanitarias de hoy y del futuro.

OBJECTIF: Évaluer la disponibilité des services de santé essentiels dans le Nord du Liberia en 2008, cinq ans après la fin de la guerre civile. MÉTHODES: Nous avons réalisé une enquête en population auprès des ménages dans le comté rural de Nimba et une enquête sur les établissements de soins dans le cadre des dispensaires et des hôpitaux les plus proches des villages étudiés. Nous avons évalué l'accès aux établissements fournissant un certain nombre de services essentiels clés : traitement combiné à base d'artémisinine contre le paludisme, prise en charge intégrée des maladies de l'enfant, conseil et dépistage concernant le virus de l'immunodéficience humaine (VIH), soins obstétricaux d'urgence de base et traitement des maladies mentales. RÉSULTATS: Des données ont été obtenues pour 1405 individus (taux de réponse : 98 %), sélectionnés à l'aide d'une méthode de sondage à trois degrés, donnant un échantillon représentatif de la population, et pour 43 des 49 établissements de soins du comté de Nimba, sélectionnés pour leur proximité avec les villages étudiés. En moyenne, les sujets interrogés avaient dû effectuer 136 minutes de déplacement pour se rendre dans un établissement de soins. Tous les sujets interrogés ont pu obtenir un traitement antipaludique dans l'établissement le plus proche et 55,9 % ont pu bénéficier d'un dépistage du VIH. En revanche, seuls 26,8 %, 14,5 % et 12,1 % d'entre eux respectivement ont pu accéder aux soins obstétricaux d'urgence, à la prise en charge intégrée des maladies de l'enfant et aux services de santé mentale. CONCLUSION: Malgré les progrès réalisés dans la prestation des services de santé de base, les habitants ruraux du Liberia ont encore un accès limité aux soins pouvant leur sauver la vie. Les disparités dans la disponibilité des services pour la population s'expliquent par des raisons techniques et politiques. Les services les plus disponibles (dépistage du VIH, traitement contre le paludisme) étaient les moins complexes à mettre en œuvre et correspondaient à des maladies favorisées par les donateurs bilatéraux et multilatéraux du secteur de la santé. Des investissements systématiques dans le système de santé s'imposent pour que les services sanitaires répondent aux priorités actuelles et futures.

OBJECTIVE: To estimate the impact of Hurricane Katrina on mental illness and suicidality by comparing results of a post-Katrina survey with those of an earlier survey. METHODS: The National Comorbidity Survey-Replication, conducted between February 2001 and February 2003, interviewed 826 adults in the Census Divisions later affected by Hurricane Katrina. The post-Katrina survey interviewed a new sample of 1043 adults who lived in the same area before the hurricane. Identical questions were asked about mental illness and suicidality. The post-Katrina survey also assessed several dimensions of personal growth that resulted from the trauma (for example, increased closeness to a loved one, increased religiosity). Outcome measures used were the K6 screening scale of serious mental illness and mild-moderate mental illness and questions about suicidal ideation, plans and attempts. FINDINGS: Respondents to the post-Katrina survey had a significantly higher estimated prevalence of serious mental illness than respondents to the earlier survey (11.3% after Katrina versus 6.1% before; chi²1= 10.9; P < 0.001) and mild-moderate mental illness (19.9% after Katrina versus 9.7% before; chi²1 = 22.5; P < 0.001). Among respondents estimated to have mental illness, though, the prevalence of suicidal ideation and plans was significantly lower in the post-Katrina survey (suicidal ideation 0.7% after Katrina versus 8.4% before; chi²1 = 13.1; P < 0.001; plans for suicide 0.4% after Katrina versus 3.6% before; chi²1 = 6.0; P = 0.014). This lower conditional prevalence of suicidality was strongly related to two dimensions of personal growth after the trauma (faith in one's own ability to rebuild one's life, and realization of inner strength), without which between-survey differences in suicidality were insignificant. CONCLUSION: Despite the estimated prevalence of mental illness doubling after Hurricane Katrina, the prevalence of suicidality was unexpectedly low. The role of post-traumatic personal growth in ameliorating the effects of trauma-related mental illness on suicidality warrants further investigation.

OBJETIVO: Estimar el impacto del huracán Katrina en las enfermedades mentales y las tendencias suicidas comparando los resultados de dos encuestas realizadas antes y después del huracán. MÉTODOS: En el marco del National Comorbidity Survey-Replication, realizado entre febrero de 2001 y febrero de 2003, se entrevistó a 826 adultos de las Divisiones del Censo que luego se verían afectadas por el Katrina. En la encuesta realizada tras el huracán se entrevistó a una nueva muestra de 1043 adultos que vivían en la misma zona afectada. Se formularon las mismas preguntas sobre las enfermedades mentales y las tendencias suicidas. En la encuesta realizada tras el Katrina se evaluaron también varias dimensiones del desarrollo personal relacionadas con el trauma sufrido (por ejemplo una relación más estrecha con un ser querido, o una mayor religiosidad). Los indicadores de resultados empleados fueron la escala de cribado K6 de enfermedades mentales graves y enfermedades mentales leves/moderadas y diversas preguntas sobre los pensamientos, planes e intentos de suicidio. RESULTADOS: Entre las personas encuestadas tras el paso del Katrina se observó una prevalencia estimada significativamente mayor de enfermedades mentales graves (11,3% después del Katrina, frente a 6,1% antes de la catástrofe, ji²1 = 10,9; P < 0,001) y enfermedades mentales leves/moderadas (19,9% después del huracán, frente al 9,7% anterior; ji²1 = 22,5; P < 0,001). Entre los encuestados que se estimó que tenían enfermedades mentales, sin embargo, la prevalencia de ideas y planes suicidas fue significativamente menor en la encuesta realizada tras el Katrina (pensamientos suicidas: 0,7% después, frente a 8,4% antes; ji²1 = 13,1; P < 0,001; planes de suicidio: 0,4% después, frente a 3,6% antes; ji²1 = 6,0; P = 0,014). Esta menor prevalencia condicional de las tendencias suicidas estaba fuertemente relacionada con dos dimensiones del desarrollo personal tras el trauma: la confianza en la propia capacidad para reconstruir la vida, y una sensación de fortaleza interior; sin dichos factores las diferencias entre las dos encuestas serían desdeñables. CONCLUSIÓN: Aunque la prevalencia estimada de enfermedades mentales se duplicó tras el huracán Katrina, la prevalencia de tendencias suicidas fue inesperadamente baja. La contribución del desarrollo personal postraumático a la mejora de los efectos de las enfermedades mentales relacionadas con el trauma en las tendencias suicidas debería ser objeto de nuevas investigaciones.

OBJECTIF: Estimer l'impact du cyclone Katrina sur la santé mentale et les tendances suicidaires par comparaison des résultats d'une enquête postérieure au passage de ce cyclone avec ceux d'une enquête réalisée auparavant. MÉTHODES: Dans le cadre de l'enquête National Comorbidity-Survey Replication, réalisée de février 2001 à février 2003, les enquêteurs ont interrogé 826 adultes vivant dans les divisions de recensement ultérieurement touchées par le cyclone. Dans l'enquête effectuée après le passage de Katrina, des entretiens ont été menés avec 1043 adultes constituant un nouvel échantillon de personnes vivant dans la même zone avant le désastre. Ces entretiens comprenaient des questions identiques au sujet des troubles mentaux et des tendances suicidaires. L'enquête post-Katrina a aussi permis d'évaluer plusieurs évolutions de la personnalité consécutives au traumatisme lié au cyclone (rapprochement avec une personne aimée, religiosité accrue, par exemple). L'échelle d'évaluation du degré de souffrance morale K6, permettant de détecter les maladies mentales graves et les troubles mentaux légers à modérés, ainsi que des questionnaires portant sur les idées, les projets et les tentatives de suicide, ont servi à mesurer les résultats. RÉSULTATS: Chez les personnes interrogées dans le cadre de l'enquête post-Katrina, la prévalence des troubles mentaux graves a été estimée à une valeur nettement plus élevée que chez les personnes interrogées dans l'enquête antérieure (11,3 % après Katrina contre 6,1 % avant le passage du cyclone; <FONT FACE=Symbol>c</FONT>²1 = 10,9 ; p < 0,001), tout comme celle des troubles mentaux légers à modérés (19,9 % après Katrina contre 9,7 % avant le passage du cyclone; <FONT FACE=Symbol>c</FONT>²1 = 22,5 ; p < 0,001). Néanmoins parmi les personnes évaluées comme atteintes d'un trouble mental, la prévalence des idées et des projets suicidaires s'est révélée notablement plus faible dans l'enquête post-Katrina que dans l'enquête antérieure (prévalence des idées suicidaires : 0,7 % après le passage de Katrina contre 8,4 % auparavant, <FONT FACE=Symbol>c</FONT>²1 = 13,1 ; p < 0,001 ; prévalence des projets de suicide : 0,4 % après Katrina contre 3,6 % auparavant ; <FONT FACE=Symbol>c</FONT>²1 = 6,0 ; p < 0,014). Une forte corrélation a été relevée entre cette baisse conjoncturelle de la prévalence des tendances suicidaires et deux facettes du développement personnel après le traumatisme (la foi en sa propre capacité à reconstruire sa vie et la prise de conscience de sa force interne), les différences relatives aux tendances suicidaires étant non significatives entre les deux enquêtes si l'on fait abstraction de l'influence de ces deux paramètres. CONCLUSION: Bien que la prévalence estimée des troubles mentaux ait doublé après le passage du cyclone Katrina, celle des tendances suicidaires s'est avérée étonnamment faible. Le rôle du développement personnel post-traumatique dans l'amélioration de l'impact des troubles mentaux d'origine traumatique en termes de tendances suicidaires mérite une étude plus approfondie.

A maioria da população mundial irá residir em cidades dentro de alguns poucos anos e a velocidade de urbanização continuará acelerada mundialmente nas próximas décadas. Projeta-se que o número de mega-cidades aumentará, embora o maior crescimento populacional deverá ocorrer naquelas cidades com um milhão ou menos de habitantes. Esta importante transição demográfica poderá ter enorme impacto sobre a saúde das populações. Embora historicamente sempre tenha havido interesse e compreensão do impacto do urbano sobre a saúde das pessoas e populações, um modelo teórico e sistematizado para estudar a saúde urbana, no tempo e espaço ainda é necessário. Quatro abordagens complementares para o estudo da saúde urbana são discutidas (urban health penalty, urban health advantage, urban sprawl, e an integrative urban conditions model) seguidas por três questões que podem subsidiar o estudo e prática da saúde urbana nas próximas décadas.

The majority of the world's population will live in cities in the next few years and the pace of urbanization worldwide will continue to accelerate over the coming decades. While the number of megacities is projected to increase, the largest population growth is expected to be in cities of less than one million people. Such a dramatic demographic shift can be expected to have an impact on population health. Although there has been historic interest in how city living affects health, a cogent framework that enables systematic study of urban health across time and place has yet to emerge. Four alternate but complementary approaches to the study of urban health today are presented (urban health penalty, urban health advantage, urban sprawl, and an integrative urban conditions model) followed by three key questions that may help guide the study and practice of urban health in coming decades.

A maioria da população mundial irá residir em cidades dentro de alguns poucos anos e a velocidade de urbanização continuará acelerada mundialmente nas próximas décadas. Projeta-se que o número de mega-cidades aumentará, embora o maior crescimento populacional deverá ocorrer naquelas cidades com um milhão ou menos de habitantes. Esta importante transição demográfica poderá ter enorme impacto sobre a saúde das populações. Embora historicamente sempre tenha havido interesse e compreensão do impacto do urbano sobre a saúde das pessoas e populações, um modelo teórico e sistematizado para estudar a saúde urbana, no tempo e espaço ainda é necessário. Quatro abordagens complementares para o estudo da saúde urbana são discutidas (urban health penalty, urban health advantage, urban sprawl, e an integrative urban conditions model) seguidas por três questões que podem subsidiar o estudo e prática da saúde urbana nas próximas décadas.

The majority of the world's population will live in cities in the next few years and the pace of urbanization worldwide will continue to accelerate over the coming decades. While the number of megacities is projected to increase, the largest population growth is expected to be in cities of less than one million people. Such a dramatic demographic shift can be expected to have an impact on population health. Although there has been historic interest in how city living affects health, a cogent framework that enables systematic study of urban health across time and place has yet to emerge. Four alternate but complementary approaches to the study of urban health today are presented (urban health penalty, urban health advantage, urban sprawl, and an integrative urban conditions model) followed by three key questions that may help guide the study and practice of urban health in coming decades.