Objective: The objective of this research was to describe the sexual behaviors and condom use in the Brazilian population. Methods: This is a cross-sectional, descriptive study, which used data from 88,531 individuals aged 18 years or older, who answered the second edition of the National Health Survey carried out in 2019. Prevalence was estimated with the respective 95% confidence intervals for each sexual behavior indicator and condom use according to sex, age, race / skin color, educational level and region of residence. Results: The majority of the Brazilian population has had sexual intercourse at some point in their lives (93.9%). Mean age of initiation was 17.3 years. Prevalence of consistent condom use was only 22.8%, being even lower among women (20,9%). Moreover, 59% of the population reported not having used a condom in the past 12 months, been the main reason trusting their partner (73.4%). The use of health services to obtain condoms was only 10.7%. It was observed that women, individuals with a higher age group, less education and income had worse results in relation to the analyzed indicators, in addition to regional disparities. Conclusion: Low prevalence of condom use was observed in the Brazilian population. In addition, important socioeconomic and demographic disparities were observed, pointing out the need to revisit, strengthen and expand public policies in the sexual and reproductive health field in order to prevent risky sexual behaviors and promote condom use, including double protection.
Objetivo: O objetivo dessa pesquisa foi descrever os comportamentos relacionados à atividade sexual e ao uso de preservativos na população brasileira. Métodos: Trata-se de estudo transversal, descritivo, que utilizou dados de 88.531 indivíduos com 18 anos ou mais, que responderam à segunda edição da Pesquisa Nacional de Saúde realizada em 2019. Foram estimadas as prevalências com os respectivos intervalos de 95% de confiança para cada indicador relativo ao comportamento sexual e uso de preservativos de acordo com sexo, idade, raça/cor, nível de escolaridade e região de moradia. Resultados: A maioria da população brasileira já teve relação sexual alguma vez na vida (93,9%), sendo a idade média de iniciação de 17,3 anos. A prevalência do uso consistente de preservativos foi de apenas 22,8%, sendo ainda menor entre as mulheres (20,9%). Ainda, 59% da população referiu não ter usado preservativo nenhuma vez nos últimos 12 meses, sendo o principal motivo do não uso confiar no parceiro (73,4%). O uso dos serviços de saúde para obter preservativos foi de apenas 10,7%. Observou-se que mulheres, indivíduos com faixa etária maior, menor escolaridade e renda apresentaram piores resultados em relação aos indicadores analisados, além das disparidades regionais. Conclusão: Observou-se uma baixa prevalência do uso de preservativos na população brasileira, além de importantes disparidades socioeconômicas e demográficas, apontando a necessidade de revisitar, fortalecer e ampliar as políticas públicas no campo da saúde sexual e reprodutiva, com vistas à prevenção de comportamentos sexuais de risco e promoção abrangente do uso do preservativo, incluindo a dupla proteção.