Resumo Este trabalho propõe analisar o conflito que afeta os habitantes do bairro indígena Namqom (Estado de Formosa, Argentina), desde o ano de 2014, no que se refere a uma decisão estatal de relocalizar ao seu redor uma Planta Processadora de Dióxido de Urânio. A partir de uma análise das formas de relação da qom com o seu território e os seres que o habitam, buscar-se-á mostrar que este povoado não estabelece com seu território um vínculo cujo fim principal seja a exploração de recursos, senão uma rede de relações com diferentes seres em que o pedido, o intercâmbio e a reciprocidade seguem protocolos específicos. Isto nos conduzirá, por um lado, a prevenir rotular rapidamente este tipo de problemáticas como conflitos exclusivamente ambientais e, por outro, a estar atentos diante da possibilidade de que possa existir, por parte de nossos interlocutores qom, uma apropriação da retórica ambientalista como estratégia para levar adiante a ação política.
Abstract The following work tries to analyze the conflict that from the year 2014 involves the habitants of indigenous neighborhood called Namqom (Formosa province, Argentina) regarding to the state decision of relocated a uranium dioxide-processing plant. From an analysis about qom relationship forms with their territory and the living creatures who inhabited it, instead they stablish a wide relationship net among different beings where request, exchange and reciprocity adhere to a strict protocol. On one hand all these will lead us not to label these arguments as an exclusively environmental conflict, on the other hand to be alert on the likelihood of qom people to use environmental claims as a political strategy to set things in motion.
Resumen El presente trabajo se propone analizar el conflicto que desde el año 2014 atañe a los habitantes del barrio indígena Namqom (provincia de Formosa, Argentina) respecto de la decisión estatal de reubicar en sus cercanías una planta procesadora de dióxido de uranio. A partir de un análisis sobre las formas de relacionamiento de los qom con su territorio y los seres que habitan en él, se intentará mostrar que este pueblo no establece con su entorno un vínculo cuyo fin principal sea la explotación de recursos, sino una red de relaciones con diferentes seres en la que el pedido, el intercambio y la reciprocidad siguen protocolos específicos. Esto nos conducirá, por un lado, a prevenir rotular rápidamente este tipo de problemáticas como conflictos exclusivamente ambientales y, por el otro, a estar atentos ante la posibilidad de que pueda existir, por parte de nuestros interlocutores qom, una apropiación de la retórica ambientalista como estrategia para llevar adelante la acción política.