RESUMO OBJETIVOS As técnicas de hernioplastia inguinal foram melhoradas desde a primeira hernioplastia. Técnicas livres de tensão que aplicam materiais de malha sintética, como na abordagem de Lichtenstein, são o padrão ouro. A hernioplastia laparoscópica é a alternativa mais forte ao Lichtenstein. A superioridade da hernioplastia laparoscópica sobre o Lichtenstein é um dos principais temas debatidos. Neste estudo, procuramos encontrar uma conclusão para esse debate comparando nossas experiências totalmente extraperitoneais (TEP) com as experiências de Lichtenstein. MÉTODOS Pacientes submetidos à hernioplastia inguinal no Gulhane Training and Research Hospital de 2013 a 2018 foram incluídos neste estudo de coorte retrospectivo. A amostra incluiu 96 pacientes TEP e 90 pacientes Lichtenstein para um total de 186 pacientes. As variáveis avaliadas foram tempo de internação, escore da escala analógica visual precoce no pós-operatório, dor crônica, parestesia, recidiva e complicações pós-operatórias precoces. Os dados foram coletados dos prontuários e do questionário por telefone, se necessário. A análise dos dados foi realizada pelo SPSS v20, utilizando os testes qui-quadrado, exato de Fisher e U de Mann-Whitney. RESULTADOS As razões homem/mulher foram semelhantes entre os grupos TEP e Lichtenstein. Não houve diferença na média de idade entre os grupos (p=0,1). A permanência hospitalar foi menor (p=0,1) e a escala visual analógica precoce foi menor no grupo TEP (p=0,003). Dor crônica, parestesia, recorrência e complicações pós-operatórias imediatas (hematoma, seroma, infecção da ferida) foram semelhantes. CONCLUSÕES O TEP é superior ao Lichtenstein, com menor tempo de internação e menores taxas de dor pós-operatória precoce. Nenhuma diferença entre as duas técnicas foi encontrada para dor crônica. Acreditamos que a abordagem de hernioplastia laparoscópica pode ser a melhor técnica alternativa para correção de hérnia inguinal.
SUMMARY OBJECTIVES Inguinal hernioplasty techniques have been improved since the first hernioplasty. Tension-free techniques that apply synthetic mesh materials, as in the Lichtenstein approach, are the gold standard. Laparoscopic hernioplasty is the strongest alternative to Lichtenstein. The superiority of laparoscopic hernioplasty over Lichtenstein is a major topic of debate. In this study, we aimed to find a conclusion to this debate by comparing our totally extraperitoneal (TEP) experiences with Lichtenstein experiences. METHODS Patients who underwent inguinal hernioplasty at the Gulhane Training and Research Hospital from 2013 to 2018 were included in this retrospective cohort study. The sample included 96 TEP and 90 Lichtenstein patients for a total of 186 patients. The variables assessed were hospitalization duration, postoperative early visual analog scale score, chronic pain, paresthesia, recurrence, and early postoperative complications. Data were collected from patient records and via telephone questionnaire if needed. Data analysis was done by SPSS v20, using chi-square, Fisher’s exact, and Mann-Whitney U tests. RESULTS Male/female ratios were similar between the TEP and Lichtenstein groups. There was no difference in mean age between groups (p=0.1). The hospital stay was shorter (p=0.0001), and early postoperative visual analog scale score was lower in the TEP group (p=0.003). Chronic pain, paresthesia, recurrence, and early postoperative complications (hematoma, seroma, wound infection) were similar. CONCLUSIONS TEP is superior to Lichtenstein with shorter hospitalization duration and lower rates of early postoperative pain. No difference between the two techniques was found for chronic pain. We believe that laparoscopic hernioplasty approach may be the best alternative technique for inguinal hernia repair.