Resumen Esta investigación tuvo como objetivo descubrir el contenido de los estereotipos asociados a las personas racializadas blancas y negras, así como verificar las justificaciones para la existencia de prejuicio racial en Bahía. En esta encuesta participaron 146 personas, de las cuales un 56.8% fueron estudiantes de una universidad pública de Salvador de Bahía y un 43.2% no estudiantes, con edades comprendidas entre 16 y 75 años (M = 29.84 DT = 12.663), el 47.6% eran de sexo femenino y el 52.4% de sexo masculino. Los participantes respondieron a una prueba de asociación libre, que contenía las palabras estímulos: personas negras y blancas; además de una pregunta referente a la existencia de prejuicio en Bahía para justificar su respuesta. Los contenidos de los estereotipos indican que a las personas racializadas como blancas y a las negras se les asocian estereotipos referentes al estatus y condiciones sociales. Las personas blancas fueron percibidas como poseedores de un mayor estatus (ricos y guapos) y las personas negras con menor (pobres y trabajadores), lo que corroboró el modelo del contenido de los estereotipos de Fiske et al. (1999, 2002, 2007). Además, los participantes afirmaron que perciben la existencia del prejuicio racial en Bahía. Las justificaciones se agruparon en dos categorías. La primera presenta el prejuicio racial como un fenómeno histórico, mientras que en la segunda el prejuicio racial es visto como un fenómeno actual. Por lo tanto, se pudo verificar que el prejuicio racial fue percibido como un fenómeno social cuyas raíces están en la estructura social brasileña, que lo configura como un fenómeno institucional, que cuestiona el mito de la democracia racial en Brasil.
Abstract This research aimed to investigate the content of stereotypes associated with racialized white and black people, and to verify the justifications for the existence of racial prejudice in Bahia. 146 people participated, of which 83 were university students and 63 were non-university students. Participants responded a free association task, containing the words stimuli: black and white people; and a question regarding the existence of prejudice in Bahia, justifying its response. The contents of stereotypes indicate that stereotypes regarding status and social conditions are associated with whites and blacks. White people were perceived to have higher status (rich and beautiful) and lower status black people (poor and workers), corroborating the stereotype content model of Fiske et al. (1999, 2002, 2007). The participants affirmed that there was racial prejudice in Bahia. The justifications were grouped into two clusters. The first show racial prejudice as a historical phenomenon, while in the second, prejudice is seen as a current phenomenon. Therefore, it can be verified that racial prejudice was perceived as a social phenomenon whose roots are in the Brazilian social structure, forming itself as an institutional phenomenon, questioning the myth of racial democracy in Brazil.
Resumo Esta pesquisa teve como objetivo descobrir o conteúdo dos estereótipos associados às pessoas racializadas brancas e negras, assim como verificar as justificações para a existência de preconceito racial na Bahia. Neste inquérito participaram 146 pessoas, das quais um 56.8% foram estudantes de uma universidade pública do Salvador da Bahia e um 43.2% não estudantes, com idades compreendidas entre 16 e 75 anos (M = 29.84 DT = 12.663), sendo o 47.6% de sexo feminino e o 52.4% de sexo masculino. Os participantes responderam a uma tarefa de associação livre, contendo as palavras estímulos: pessoas negras e brancas; e uma pergunta referente à existência de preconceito na Bahia, justificando a sua resposta. Os conteúdos dos estereótipos indicam que às pessoas racializadas como brancas e às negras se lhes associam estereótipos referentes ao status e condições sociais. As pessoas brancas foram percebidas como possuidores de maior status (ricos e bonitos) e as pessoas negras com menores status (pobres e trabalhadores), corroborando o modelo do conteúdo dos estereótipos de Fisk et al. (1999, 2002, 2007). Além disso, os participantes afirmaram que percebem a existência do preconceito racial na Bahia. As justificações se agruparam em dois clusters. O primeiro presenta o preconceito racial como um fenômeno histórico, enquanto que no segundo o preconceito racial é visto como um fenômeno atual. Portanto, conseguiu-se verificar que o preconceito racial foi percebido como um fenômeno social cujas raízes estão na estrutura social brasileira, configurando-se como um fenômeno institucional, questionando o mito da democracia racial no Brasil.