Resumo Objetivo: Identificar sintomas depressivos em idosos atendidos na atenção básica. Método: Pesquisa descritivo-exploratória, delineamento transversal, quantitativa, realizada com 260 idosos cadastrados nas Unidades de Saúde da Família de João Pessoa, Paraíba, Brasil. Aplicou-se instrumento sociodemográfico e Escala de Depressão Geriátrica Abreviada (EDG-15). A análise descritiva resumiu as variáveis em percentagens e número de participantes. Resultados: Predomínio de idosos com 60-70 anos de idade (n=154; 59,2%), sexo feminino (n=186; 71,5%) e baixa escolaridade (n=89; 34,2%). A EDG-15 mostrou que 195 (75,0%) idosos não apresentaram sintomas depressivos. Foi observado que 219 (84,2%) idosos estavam satisfeitos com a própria vida, 198 (76,1%) sentiam-se felizes a maior parte do tempo, 194 (74,6%) sentiam-se de bom humor a maior parte do tempo, 236 (90,8%) referiram sentir esperança na vida e 248 (95,4%) mencionaram achar maravilhoso estarem vivos. Ademais, 135 (51,9%) idosos preferiam sair a ficar em casa, 180 (69,2%) sentiam-se cheios de energia, 226 (86,9%) consideravam-se pessoas úteis, mas 112 (43,0%) idosos interromperam muitas de suas atividades e 141 (54,2%) temiam que algo de ruim acontecesse. Conclusão: A atenção básica à saúde é corresponsável pelo rastreio de sintomas depressivos em idosos para implementar ações de proteção e promoção da saúde dessa clientela. Constitui estratégia norteadora do processo de cuidado, adequado para o estímulo ao envelhecimento ativo e autonomia, bem como para prevenção de agravos à saúde. Esta pesquisa contribui para reflexão sobre a importância de políticas públicas e boas práticas no cuidado ao idoso.
Abstract Objective: To identify depressive symptoms in older adults treated in primary care. Method: A descriptive-exploratory cross-sectional quantitative study was conducted with 260 older adults registered with Family Health Units in João Pessoa, Paraíba, Brazil. A sociodemographic instrument and the Geriatric Abridged Depression Scale (GDS-15) were applied. Descriptive analysis summarized the variables through percentages and number of participants. Results: There was a prevalence of older adults aged 60-70 years (n=154; 59.2%), who were female (n=186; 71.5%) and had a low educational level (n=89; 34.2%). The GDS-15 revealed that 195 (75.0%) of the older adults had no depressive symptoms. It was observed that 219 (84.2%) older adults were satisfied with their lives, 198 (76.1%) felt happy most of the time, 194 (74.6%) were in a good mood most of the time, 236 (90.8%) reported feeling hope in their lives and 248 (95.4%) mentioned feeling that it was wonderful to be alive. In addition, 135 (51.9%) older adults preferred to go out rather than stay at home, 180 (69.2%) felt full of energy, and 226 (86.9%) considered themselves useful people, although 112 older adults (43.0%) had interrupted many of their activities and 141 (54.2%) feared that something bad would happen. Conclusion: Primary Health Care is responsible for the screening of depressive symptoms in older adults to implement actions to protect and promote the health of this population. It is a guiding strategy of the care process, aimed at stimulating active aging and autonomy, as well as the prevention of health problems. This study contributes to reflections on the importance of public policies and good practices in the care of older adults.