OBJETIVO: Comparar o desenvolvimento motor de crianças de 12 a 18 meses nascidas pré-termo e a termo e investigar sua relação com o desempenho funcional e com a quantidade e qualidade de estímulos ambientais. MÉTODOS: Estudo quantitativo e longitudinal com 30 crianças prematuras (idade gestacional de 30,0±2,3 semanas e peso ao nascimento de 1178±193g) e 30 nascidas a termo (idade gestacional de 39,0±1,3 semanas e peso ao nascimento de 3270±400g). O desenvolvimento motor foi avaliado pelos testes Alberta Infant Motor Scale e Peabody Developmental Motor Scales. O ambiente domiciliar foi avaliado com o Home Observation Measurement of the Environment. Com o intuito de examinar as habilidades funcionais, utilizou-se o Pediatric Evaluation of Disability Inventory. RESULTADOS: Houve maior lentidão para aquisição da marcha no grupo pré-termo (p=0,005), embora não tenha sido encontrada diferença significativa entre os grupos no Alberta Infant Motor Scale aos 12 (p=0,19) e aos 15 meses (p=0,80). Aos 18 meses foram encontradas diferenças significativas no desenvolvimento motor grosso (p<0,001) e fino (p=0,001) e nas habilidades funcionais, com vantagem para o grupo a termo. Houve diferença significativa entre os grupos quando avaliados pelo inventário Home Observation Measurement of the Environment (p=0,008). CONCLUSÕES: Houve aumento da diferença entre os grupos no desempenho motor dos 12 aos 18 meses, sendo que fatores ambientais podem ter potencializado os efeitos do risco biológico. Programas de acompanhamento do desenvolvimento devem enfocar aspectos do ambiente onde a criança vive.
OBJECTIVE: To compare motor development in preterm and full term infants from 12 to 18 months and to investigate the relationship between functional performance and quantity and quality of environmental stimulation. METHODS: Quantitative, exploratory and longitudinal study, which included 30 preterm (gestational age: 30.0±2.3 weeks and birth weight: 1178±193g) and 30 full term infants (39±1.3 weeks and 3270±400g). Motor development was evaluated by the Alberta Infant Motor Scale and the Peabody Developmental Motor Scales. Home environment was assessed by the Home Observation Measurement of the Environment. The Pediatric Evaluation of Disability Inventory was used to examine functional abilities. RESULTS: The preterm group presented slower gait acquisition (p=0.005), although no significant differences between groups were found in the Alberta Infant Motor Scale at 12 (p=0.187) and 15 months (p=0.80). At 18 months, significant differences were found in gross (p<0.001) and fine (p=0.001) motor development and in functional abilities, with a better performance of the full term group. There were differences between groups in the Home Observation Measurement of the Environment inventory (p=0.008). CONCLUSIONS: Performance differences between groups increased from 12 to 18 months, and environmental factors might have enhanced the effects of biological risks. Developmental follow-up programs should focus on aspects of the environment where the child lives.
OBJETIVO: Comparar el desarrollo motor de los 12 a los 18 meses de niños nacidos pretérmino y a término e investigar la relación entre desarrollo motor, desempeño funcional y la cantidad y calidad de estímulos ambientales. MÉTODOS: Estudio cuantitativo, direccional y longitudinal, que incluyó a 30 niños prematuros (edad gestacional: 30,0±2,3 semanas y peso al nacer: 1178±193 gramas) y 30 nacidos a término (edad gestacional: 39,0±1,3 semanas y peso al nacer: 3270±400 gramas). El desarrollo motor fue evaluado con el uso de las pruebas Alberta Infant Motor Scale (AIMS) y Peabody Developmental Motor Scales (PDMS-2). El ambiente domiciliar fue evaluado con el Home Observation Measurement of the Enviroment (HOME). Para examinar las habilidades funcionales se utilizó el Pediatric Evaluation of Disability Inventory (PEDI). RESULTADOS: Hubo mayor lentitud para adquisición de la marcha en el grupo pretérmino (p=0,005), aunque no se haya encontrado diferencia significativa entre los grupos en la AIMS a los 12 (p=0,187) y a los 15 meses (p=0,80). A los 18 meses se encontraron diferencias significativas en el desarrollo motor grueso (p<0,001) y fino (p=0,001) y en las habilidades funcionales, con ventaja para el grupo a término. Hubo diferencia significativa entre los grupos, evaluada por el inventario HOME (p=0,008). CONCLUSIONES: Hubo aumento de la diferencia entre los grupos en el desempeño motor de los 12 a los 18 meses, siendo posible que factores ambientales hayan potencializado los efectos del riesgo biológico. Programas de seguimiento del desarrollo deben enfocar aspectos del ambiente donde vive el niño.