INTRODUÇÃO: A incidência da embolização de cateteres intravenosos, na literatura mundial, é de 1% dentre todas as complicações descritas. Porém, possui taxa de mortalidade podendo variar de 24 a 60%. O não funcionamento do cateter é a suspeita diagnóstica principal da embolização, visto que, habitualmente, os pacientes são assintomáticos. OBJETIVO: Relatar o manejo na extração de corpos estranhos intravenosos, com o uso de táticas e técnicas endovasculares diversas. MÉTODOS: Estudo retrospectivo com 12 pacientes, no período de dois anos. Sete pacientes eram do sexo feminino e cinco do sexo masculino, com média de idade de 29 anos (dois meses a 65 anos). RESULTADOS: Sucesso técnico foi obtido em 100% dos casos. Foram extraídos 10 port-a-caths, um intra-cath e um PICC. Os locais mais frequentes de alojamento de uma das extremidades dos corpos estranhos intravenosos foram o átrio direito (41,6%) e o ventrículo direito (33,3%). Em 100% dos casos se utilizou um único acesso venoso. O acesso femoral foi o mais utilizado, em 91,6% dos casos (11 cateteres). Utilizou-se o laço (loop-snare) em 10 (83,3%) casos. O motivo mais frequente da presença do corpo estranho intravascular foi a fratura do cateter, que ocorreu em 66,6% dos casos (oito pacientes). Houve uma complicação, fibrilação atrial (8,3%), relacionada à extração de corpo estranho intravenoso. A taxa de mortalidade em 30 dias foi igual a zero. CONCLUSÃO: A retirada de corpos estranhos intravenosos por via percutânea é considerada tratamento padrão ouro, por se tratar de procedimento minimamente invasivo, relativamente simples, seguro e com baixas taxas de complicações quando comparada ao tratamento cirúrgico convencional.
INTRODUCTION: The incidence of intravascular embolization of venous catheters reported in the world medical literature corresponds to 1% of all the described complications. However, its mortality rate may vary between 24 to 60%. Catheter malfunction is the most likely signal of embolization, since patients are usually asymptomatic. OBJECTIVE: To report the method of removing intravascular foreign bodies, catheters with the use of various endovascular techniques and procedures. METHODS: This is a two-year retrospective study of 12 patients: seven women and five men. The average age was 29 years (ranging from two months to 65 years). RESULTS: Technical performance was 100% successful. Ten port-a-caths, one intra-cath and one PICC were extracted. The most common sites for the lodging of one of the ends of the intravascular foreign bodies were the right atrium (41.6%) and the right ventricle (33.3%). In 100% of the cases, only one venous access was used for extraction of foreign bodies, and in 91.6% of the cases (11 catheters) the femoral access was used. The loop-snare was used in 10 cases (83.3%). The most common cause of intravascular foreign body insertion was a catheter fracture, which occurred in 66.6% of the cases (eight cases). One major complication, the atrial fibrillation, occurred (8.3%), which was related to the intravascular foreign body extraction. The mortality rate in 30 days was zero. CONCLUSION: Percutaneous retrieval of intravascular foreign bodies is considered gold standard treatment because it is a minimally invasive, relatively simple, safe procedure, with low complication rates compared to conventional surgical treatment