OBJETIVO: estimar a prevalência de consultas médicas, nos três meses que antecederam à entrevista, em adultos de 20 anos ou mais, de uma comunidade de baixa renda, do Sul do Brasil, em 2O09. MÉTODOS: foi realizado estudo transversal, com análise ajustada por meio de Regressão de Poisson. RESULTADOS: a prevalência de consulta médica nos 3.391 entrevistados foi 76,2% (Intervalo de Confiança de 95% (IC95%) 74,8; 77,6%) no último ano e 64,8% (IC95% 63,0; 66,7%) nos últimos três meses, maior entre as mulheres (67,8%) do que entre os homens (60,2%) (p<0,001). Na análise ajustada, para homens, o desfecho associou-se mais fortemente: ao aumento de idade (p=0,001) e autopercepção de saúde ruim/ muito ruim (p<0,001). Entre mulheres, ao aumento da idade (p=0,001), possuir médico de referência (p=0,001), local usual de atendimento (p<0,001) e morbidades (p= 0,001). CONCLUSÕES: a diferença na utilização de consultas deve ser considerada no planejamento e organização do acesso.
OBJECTIVE: to estimate medical appointment prevalence during the three months prior to interview, in adults aged ≥20 from a low-income community in Southern Brazil in 2009. METHODS: Cross-sectional study with analysis adjusted using Poisson regression. RESULTS: 3391 people were interviewed. Medical appointment prevalence was 76.2% (95%CI 74.8, 77.6) in the last year and 64.8 % (95%CI 63.0, 66.7) in the last three months: 67.8 % infemales (95%CI 65.5, 70.1) (p<0.001); 60.2 % in males (95%CI57.1, 63.2). Adjusted analysis outcome in males was more strongly associated with increasing age (p 0.001) and poor/very poor self-rated health (p<0.001). In females association was with increasing age (p 0.001), seeing the same physician (p 0.001), usual place of care (p<0.001) and morbidities ( p 0.001). CONCLUSIONS: differences in appointment use should be considered when planning and organizing access.
OBJETIVO: estimar la prevalencia de consultas médicas, en los tres meses que antecedieron a la entrevista, en adultos de 20 años o más, de una comunidad de renta baja, del Sur de Brasil, en 2009. MÉTODO: se realizó un estudio transversal, con análisis ajustado por la Regresión de Poisson. RESULTADOS: la prevalencia de consulta médica en los 3.391 entrevistados fue de 76,2% (Intervalo de Confianza de 95% (IC95%) 74,8; 77,6%) el último año y de 64,8% (IC95% 63,0; 66,7%) los últimos tres meses, mayor entre las mujeres (67,8%) que entre los hombres (60,2%) (p<0,001). En el análisis ajustado, para hombres, el desenlace está asociado más intensamente: al aumento de edad (p=0,001) y a la auto percepción de salud mala/muy mala (p<0,001). Entre las mujeres al aumento de la edad (p=0,001), tener un médico de referencia (p=0,001), local usual de atención (p<0,001) y a morbilidades (p= 0,001). CONCLUSIONES: la diferencia en la utilización de consultas debe ser llevada en cuenta en la planificación y la organización del acceso.