Neste artigo, mostramos a evolução da abordagem da metáfora na teoria da relevância e questionamos a posição deflacionária da metáfora, defendida desde o início como uso vago dentro de um continuum. Na versão atual da teoria da relevância, os usos vagos não só transmitem implicaturas, mas também explicaturas nas quais os conceitos ad hoc aparecem (CARSTON, 2002, 2010a; SPERBER; WILSON, 2008). Estes conceitos, no caso da metáfora, geram o problema das propriedades emergentes que, segundo eles, é resolvido tendo em conta que um uso vago pode ser incluído em outro uso vago (WILSON; CARSTON, 2008). Além disso, os casos mais criativos têm de ser explicados considerandose uma rota de interpretação diferente daquela da construção de conceitos ad hoc (CARSTON, 2010b). Esses movimentos geram novos problemas e, dessa maneira, argumentamos que a interpretação metafórica pode ser mais bem explicada recorrendo a conceitos metafóricos ad hoc que resultam de um mapeamento parcial de um domínio conceitual para outro (ROMERO; SORIA, 2005).
In this article we show the evolution of the view of metaphor in relevance theory and challenge its deflationary account of metaphor, defended from its inception, as loosening in a continuum. In current relevance theory, loose uses not only convey implicatures but also explicatures in which ad hoc concepts appear (CARSTON, 2002, 2010a; SPERBER; WILSON, 2008). These, in the case of metaphor, cause the emergent property issue which, according to them, is solved taking into account that a loose use may be included in a loose use (WILSON; CARSTON, 2008). In addition, the most creative cases have to be explained considering an interpretation route different from ad hoc concept construction (CARSTON, 2010b). These moves generate new problems and thus we argue that metaphorical interpretation can be better explained resorting to metaphorical ad hoc concepts that result from a partial mapping from one conceptual domain into another (ROMERO; SORIA, 2005).
En este artículo mostramos la evolución del enfoque de la metáfora en la teoría de la relevancia y cuestionamos su posición deflacionaria de la metáfora, defendida desde el inicio, como vaguedad en un continuo. En la versión actual de la teoría, los usos vagos no solo comunican implicaturas sino también explicaturas en las que aparecen conceptos ad hoc (CARSTON, 2002, 2010a; SPERBER; WILSON, 2008). Estos, en el caso de la metáfora, causan el problema de las propiedades emergentes que se intenta solucionar defendiendo que un uso vago puede incluirse en otro uso vago (WILSON; CARSTON, 2008). Además, los casos más creativos requieren una ruta de interpretación diferente a la de construcción de conceptos ad hoc (CARSTON, 2010b). Estas modificaciones generan nuevos problemas y, por ello, defendemos que la interpretación metafórica puede explicarse mejor recurriendo a conceptos metafóricos ad hoc que resultan de una aplicación parcial desde un dominio conceptual a otro (ROMERO; SORIA, 2005).
