Resumo A poluição atmosférica pode ser agravada devido à precárias condições de mobilidade urbana, como ocorre em São Paulo. Visando avaliar os impactos na poluição por ozônio e as consequências para a justiça ambiental, 3 cenários de políticas de restrição veicular foram simulados com o modelo WRF/Chem: pedágio urbano, transição sustentável e centro sem veículos. Os resultados indicaram que o pedágio urbano levou a uma redução de 20 µg.m-3 nas médias das máximas de 8 horas, e evitou seis ultrapassagens do padrão de qualidade do ar. A transição sustentável teve máximas até 50 µg.m-3 mais baixas e evitou 22 ultrapassagens. O centro sem veículos não demonstrou vantagens. Para a implementação de um sistema de transporte público adequado, são necessários expressivos investimentos para se atingir melhorias na qualidade do ar com a maior justiça ambiental possível, buscando a proteção da saúde da população juntamente à democratização do acesso aos espaços urbanos.
Abstract Air pollution is associated to poor urban mobility conditions, as in the megacity of São Paulo. Three scenarios of policies of driving restrictions were simulated using the WRF/Chem model, to assess the impacts on ozone pollution and the consequences for environmental justice: urban toll, sustainable transition, and vehicle free zone. Results show that the urban toll leads to a decrease of 20 µg.m-3 in maximum 8-hour ozone averages and the prevention of six hours of exceedances of the air quality standard. Sustainable transition was the most promising scenario, with a decrease of 50 µg.m-3 and avoiding 22 hours of exceedances. The vehicle free zone did not show any advantages. For the implementation of adequate public transport systems, massive investments are required, in order to achieve better air quality with the greatest environmental justice possible, aiming towards the protection of human health along with a more democratic access to the urban spaces.
Resumen La contaminación atmosférica puede agravarse debido à la movilidad urbana ineficiente, como en São Paulo. Visando avaliar los impactos em la contaminación por ozono y las consecuencias para la justicia ambiental, se simularan 3 escenarios de restricción vehicular con en el modelo WRF/Chem: peaje urbano, transición sustentable y centro sin vehículos. Los resultados indicaron que el peaje urbano condujo a una reducción de 20 µg.m-3 en las concentraciones medias máximas de 8 horas, y evito 6 excedencias de las normas de calidad del aire. La transición sustentable tuvo un máximo de hasta 50 µg.m-3 más bajo e 22 excedencias evitadas. El centro sin vehículos no presento ventajas. Para la implementación de un transporte público adecuado, se necesitan inversiones significativas para lograr mejoras en la calidad del aire con la mayor justicia ambiental posible, buscando proteger la salud de la población junto con la democratización del acceso a los espacios urbanos.