O trabalho foi realizado com o objetivo de estudar os efeitos do processamento e armazenamento na qualidade de sementes de algodão, cultivar ITA 90-2, produzidas em Campo Verde-MT, nos anos agrícolas de 2001 e 2002. As sementes foram analisadas antes e após cada etapa do processamento e durante o armazenamento. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, com quatro repetições. Os tratamentos foram constituídos das etapas do processamento: antes e após a colheita mecânica, após 30, 60 e 85 dias de armazenamento em fardo no campo, após descaroçamento mecânico, após deslintamento químico, após beneficiamento em mesa de gravidade e após 15, 30, 60 90 e 120 dias de armazenamento. No ano de 2002 foram apenas 30 dias de armazenamento. As médias foram comparadas pelo teste de Scott-Knott a 5%. Os resultados obtidos permitem concluir que o armazenamento temporário, em fardos no campo, por até 85 dias, não causa perda imediata na qualidade das sementes; o descaroçamento mecânico não tem efeito prejudicial imediato sobre o vigor das sementes e a porcentagem de germinação mantém-se dentro do padrão (70%) para o comércio de sementes por até seis meses após a colheita.
The aim of this study was to evaluate the effects of processing and storage on the physiological quality of cotton seeds, cultivar ITA 90-2, produced in Campo Verde, during the 2001 and 2002 cropping seasons. The seeds were collected, pitted and delinted with sulfuric acid and were analyzed with regard to their physiological quality at all the stages of the experiment. A completely randomized experimental design was employed and the means were compared by the Scott- Knott's test at 5%. The experiment consisted of 13 treatments and four replications. Based on the results obtained, we can conclude that cotton seeds stored as bales, in the field, for up to 85 days are not subject to an immediate loss in seed quality; mechanical processing does not have an immediate harmful effect on seed vigor and the germination percentage can be maintained within the acceptable standard for seed commercialization (70%) for up to six months after harvesting.