O presente trabalho objetivou compreender as significações dos profissionais de saúde que lidam com pacientes graves acerca da morte. Utilizamo-nos da Etnometodologia, a qual nos possibilitou observar, interagir com o grupo e entrevistá-lo a fim de compreender o fenômeno. O grupo investigado constituiu-se de 10 profissionais de enfermagem lotados na sala de ressuscitação de um hospital de referência de Fortaleza, especializado em atendimento a pacientes politraumatizados. Denotamos que a morte no hospital é um fato de multienfoques e, sobretudo, negado de várias maneiras. O despreparo tanatológico produz uma série de reações nos profissionais, os quais tendem a significar a morte e o morrer, a partir das condições de trabalho, das relações de poder, envolvendo aspectos políticos, éticos, culturais e socioeconômicos. Percebe-se necessária a expansão do conteúdo tanático em âmbito acadêmico e profissional como meio de otimizar a assistência e permitir o autoconhecimento.
This paper aimed understanding the health workers significations about death. For that, we used the Etnomethodology to observe, interact with the investigated group, which was composed by ten Nursing professionals who work in an emergency/urgency unit at a relevant hospital in Fortaleza-Ceará. Besides the interactive observation, we collected the data using interviews. The data analysis was based on daily appointments and the speech of the group. We figured out that death is a phenomenon that includes many variants, and overall, it is denied in many ways. The tanathological deficit seems to produce some reactions on the professionals, which gives death and dying a meaning based on their work environment, power relationships, and involves political, ethical, religious, social, economical and cultural aspects. We realized the necessity of spreading tanathological contents in colleges and health institutions for improving the assistence and permitting self-knowledge.