FUNDAMENTOS E OBJETIVO: A freqüência cardíaca de pico (FCpico) obtida em testes máximos de laboratório é utilizada para a prescrição da intensidade do exercício aeróbio em situações de campo. Contudo, valores de FCpico podem diferir em situações de campo e laboratório, influenciando na determinação da intensidade relativa do esforço. O objetivo do estudo foi verificar as respostas de FCpico em testes máximos de campo e laboratório, analisando suas influências na prescrição do exercício. MÉTODOS: Foram avaliados 25 homens fisicamente ativos, com idade entre 20 e 51 anos (28,9 ± 8,5 anos). Os indivíduos realizaram testes de 2.400 metros em pista oficial de atletismo e protocolos máximos de rampa em laboratório. Todos os testes foram feitos em um intervalo de duas semanas, com ordem alternada para cada indivíduo. Antes de cada teste eram aferidas a umidade do ar e a temperatura ambiente. Nas 48 horas precedentes, os indivíduos eram instruídos a não realizar atividades físicas. Possíveis diferenças nas respostas de FCpico, e condições ambientais (temperatura e umidade relativa do ar) em campo e laboratório, foram testadas pelo teste t de Student emparelhado e simples, respectivamente (p < 0,05). RESULTADOS: Os valores de FCpico foram significativamente maiores no teste de campo, as diferenças podendo chegar a 10 batimentos em alguns casos. Essas diferenças podem ser parcialmente explicadas pelo fato de a temperatura e umidade do ar terem sido maiores no campo. CONCLUSÃO: Conclui-se que testes de campo tendem a provocar maior FCpico que protocolos de laboratório, parecendo ser mais indicados para determinar a intensidade relativa do esforço aeróbio no treinamento físico.
BACKGROUND AND OBJECTIVE: The peak heart rate (HRpeak) assessed in maximum laboratory tests has been used to determine the aerobic exercise intensity in field situations. However, HRpeak values may differ in field and laboratory situations, which can influence the relative intensity of the prescribed workloads. The objective of this study was to measure the HRpeak responses in laboratory and field maximum tests, analyzing their influence in the exercise prescription. METHODS: Twenty-five physically active men aged 21-51 yrs (28.9 ± 8 yrs) executed a 2,400 m field test in a running track and an individualized maximum treadmill ramp protocol. All tests were performed within two weeks, in a counterbalanced order. Before each test, the temperature and air humidity were checked, and the subjects were told no to engage in any physical activity 48 hours before. Differences between HRpeak and environmental conditions (temperature and humidity) in field and laboratory situations were respectively tested by paired and simple Student's t tests (p < 0.05). RESULTS: HRpeak values were significant higher in the field test than in the laboratory protocol, reaching 10 beats per minute in some cases. These differences may be partially accounted for a significant higher temperature and air humidity in the field conditions. CONCLUSION: In conclusion, maximum field tests seem to elicit higher HRpeak values than laboratory protocols, suggesting that the former procedures are more likely precise to determine the relative intensity of aerobic effort in physical training.
FUNDAMENTOS Y OBJETIVO: La frecuencia cardiaca de pico (FCpico) obtenida en los tets máximos de laboratorio y utilizada para la prescripción de la intensidad del ejercicio aeróbico en situaciones de campo. Con todo, los valores de FCpico pueden diferir en situaciones de campo y de laboratorio, influeyendo en la determinación de la intensidad relativa del esfuerzo. El objetivo del estudio fué el de verificar las respuestas de FCpico en testes máximos de campo y de laboratorio analizando sus influencias en la prescripción del ejercicio. MÉTODOS: Fueron evaluados 25 hombres físicamente activos con edades entre los 20 y los 51 años (28,9 ± 8,5 años). Los indivíduos realizaron tests de 2400 metros en pista oficial de atletismo y protocolos maximos en rampa de laboratorio. Todos los tests fueron hechos en intervalos de dos semanas en un orden alternado para cada individuo. antes de cada test eran asignadas la humedad de aire y temperatura ambiente. En las 48 horas precedentes los individuos fueron instruidos a no realizar ninguna actividad fisica. Posibles diferencias en la fc pico, en condindiones ambientales (temperatura y humedad relativa del aire) en campo y en laboratorio fueron testeados por el test t de Student emparejado y simple respectivamente (p < 0,05). RESULTADOS: Los valores de FCpico fueron significativamente mayores en el test de campo, las diferencias pueden llegar a 10 latidos en algunos casos. Esas diferencias pueden ser parcialmente explicadas por el hecho de la temperatura y de la humedad del aire que fueron mayores en el campo. CONCLUSIÓN: Se concluye que los tests de campo tienden a provocar mayor FCpico que los protocolos de laboratorio, pareciendo ser mas indicados para determinar la intensidad relativa del esfuerzo aeróbico en el entrenamiento físico.