RESUMO Objetivo Descrever a prática diária em um serviço de pronto atendimento e produzir dados relevantes para estudos futuros relacionados com tratamento da dor lombar na perspectiva da medicina de emergência. Métodos Análise dos registros hospitalares e revisão de prontuários. Resultados Foram realizados 2.434 atendimentos entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2017 com a queixa de dor lombar. Foram realizadas radiografias da coluna em 15,7% dos pacientes e tomografias computadorizadas em 7,6%. Oitenta e cinco pacientes precisaram de internação hospitalar, com tempo médio de internação de 8,3 dias. A taxa de utilização de antidepressivos tricíclicos ou antiepilépticos foi de 52,7% para os pacientes internados e a de opioides fortes foi de 12%. Conclusões Observou-se uma alta taxa de prevalência de queixa de dor lombar no serviço de pronto atendimento (4,6% do total de atendimentos do pronto-socorro durante o ano), com baixo potencial de internação. A taxa de internação e realização de exames tomográficos foi maior que a observada em estudos semelhantes, com uma menor proporção de uso de radiografias e opioides fortes em comparação com os mesmos estudos. A escassez de dados nacionais e internacionais para comparações mais profundas torna clara a necessidade de estudos adicionais e desenvolvimento de novas recomendações, visando especificamente esse subgrupo de pacientes. Nível de evidência IV; Estudos prognósticos.
ABSTRACT Objective To describe the daily practice in an emergency service and to provide relevant data for future studies about the treatment of low back pain from the perspective of emergency medicine. Methods Analysis of hospital records and review of medical records. Results 2,434 patients were attended between January 1 and December 31, 2017 with the complaint of low back pain. Radiographs of the spine were performed in 15.7% of patients and computerized tomography scans in 7.6%. Eighty-five patients required hospitalization, with a mean hospital stay of 8.3 days. The rate of use was 52.7% for tricyclic or antiepileptic drugs and 12% for strong opioids among hospitalized patients. Conclusions A high prevalence of low back complaints was observed in the emergency care service (4.6% of total emergency room visits during the year), with low hospitalization potential. The rates of hospitalization and tomographic examinations were higher than those observed in similar studies, with a lower proportion of radiograph and strong opioid use as compared with the same studies. The paucity of national and international data for more in-depth comparisons makes clear the need for further studies and development of new recommendations specifically targeting this subset of patients. Level of evidence IV; Prognostic studies.
RESUMEN Objetivo Describir la práctica diaria en un servicio de atención rápida y producir datos relevantes para estudios futuros relacionados con tratamiento del dolor lumbar en la perspectiva de la medicina de emergencia. Métodos Análisis de los registros hospitalarios y revisión de historiales. Resultados Se realizaron 2.434 atendimientos entre el 1 de enero y el 31 de diciembre de 2017 con la queja de dolor lumbar. Fueron realizadas radiografías de la columna en el 15,7% de los pacientes y tomografías computarizadas en el 7,6%. Ochenta y cinco pacientes precisaron internación hospitalaria, con tiempo promedio de internación de 8,3 días. La tasa de uso de antidepresivos tricíclicos o antiepilépticos fue del 52,7% para los pacientes internados y la de opioides fuertes fue del 12%. Conclusiones Se observó una alta tasa de prevalencia de queja de dolor lumbar en el servicio de atención rápida (4,6% del total de atenciones de primeros auxilios durante el año), con bajo potencial de internación. La tasa de internación y realización de exámenes tomográficos fue mayor que la observada en estudios semejantes, con una menor proporción de uso de radiografías y opioides fuertes en comparación con los mismos estudios. La escasez de datos nacionales e internacionales para comparaciones más profundas hace clara la necesidad de estudios adicionales y el desarrollo de nuevas recomendaciones, dirigidas específicamente a este subgrupo de pacientes. Nivel de evidencia IV; Estudios pronósticos.