O presente trabalho procura mostrar que as práticas desenvolvidas no atendimento à mulher com vistas ao aleitamento materno, transcende uma ação técnica individual, pois, estas práticas estão inseridas dentro de uma organização institucional, pautadas em um modelo de saúde predominante determinado nas relações sociais e organizativas que se dão nas diferentes instituições e sociedades. Objetiva estabelecer relações entre o modelo preconizado pelo SUS e a prática realizada pelas enfermeiras ao atender à mulher na promoção do aleitamento materno, nas Unidades Básicas de Saúde(UBS) da SMS-RP. Adotamos como trajetória metodológica depoimentos das enfermeiras que atuam nas UBSs através de entrevistas semi-estruturadas. O tratamento dos dados foi embasado na análise de conteúdo de BARDIN (1977). O estudo mostrou que há um descompasso entre o postulado teórico e o que é efetivado na prática cotidiana, uma vez que, na concretude dos serviços de saúde as ações de enfermagem se subordinam ao modelo biomédico, centrado na queixa do cliente, privilegiando ações médico assistenciais, reforçando o prontoatendimento, não se detectando mudanças significativas no que diz respeito a integralidade das ações de saúde. É possível que as enfermeiras tenham se aproximado de uma outra forma de compreensão do lidar com a mulher, contudo as determinações que se fazem presentes no cotidiano as têm "impedido" de uma ação mais concreta no sentido de transformação desta prática.
The present study shows that the nursing practices used on women's assistance, looking forward breast- feeding, transcend an individual technical action. It is known that the kind of assistance practiced will depend on the guidelines set by each institutional organization. These guidelines are based on a prevailed health model which is determined by social and organizational relations that are part of different societies and institutions. The objective of this study is to analyse the relation between the model of breast-feeding assistance established by SUS (Unique Health System) and the actual nursing practice within the Basic Health Units (UBS) of SMS-RP (Municipal Health Office of Ribeirão Preto). Semi-structured interviews with nursing workers were adopted in order to have a report of their practices concerning breast-feeding assistance. The data was examined on the basis of the analyses of content of Bardin (1977). Results showed that there is a considerable difference between the theoretical postulate, and the assistance that is actually practiced. This happens because the nursing practices are submitted to a biomedical model, centered on patients' complaints, which favors medical assistance actions and reinforces prompt assistance. For this reason the study couldn't detect any significant changes regarding the uniqueness of health actions It was observed that some nursing workers were closer to a better understanding of women care assistance, however the daily determinations have hindered more concrete actions that could transform this practice.
El presente trabajo trata de enseñar que las prácticas desarrolladas por la atención a la mujer con vistas a la amamantación materna trascende una acción técnica individual, pues estas prácticas están inseridas dentro de una organización institucional, pautadas por un modelo de salud predominante determinado en las relaciones sociales y organizacionales que ocurren en las diferentes instituciones y sociedades. Objetiva establecer relaciones entre el modelo preconizado por el SUS y la práctica realizada por las enfermeras al atender a la mujer en la promoción de la amamantación, en las Unidades Básicas de Salud (UBS) de la SMS-RP Adoptamos como trayectoria metodológica testimonios de las enfermeras que actúan en las UBSs a través de entrevistas semiestructuradas. El tratamiento de los datos se basó en el análisis del contenido de BARDIN (1977). El estudio mostró que hay un descompás entre el postulado teórico y lo que en efecto se hace en la práctica cotidiana, una vez que al concretar los servicios de salud las acciones de enfermería se subordinan al modelo biomédico, centrado en la queja del cliente, concediendo privilegio a las acciones médico asisten cíales, reforzando la atención de urgencias y no detectando cambios significativos en lo que se refiere a la integralidad de las acciones de salud. Es posible que las enfermeras se hayan aproximado de otra forma de tratar dicho tema con la mujer, sin embargo las determinaciones que se hacen presentes en lo cotidiano les ha "impedido" tomar actitudes más concretas en el sentido de transformar esa práctica.