OBJETIVO: Investigar o desempenho de hemiplégicos no giro de 180º antes e após um programa de treinamento, o qual foi eficaz na melhora do desempenho de outras atividades funcionais, considerando o efeito do lado em direção ao qual o giro foi realizado. MÉTODOS: Trinta hemiplégicos crônicos (17 homens/13 mulheres; 56,36±10,86 anos) participaram de um programa de treinamento (atividades aeróbicas e de fortalecimento muscular) e foram avaliados pré/pós intervenção pelo teste Step Quick Turn (STQ/Balance Master®), que envolve a atividade de giro de 180º durante a atividade de marcha. Também avaliou-se a velocidade da marcha e a habilidade para subir escadas. ANOVA mista com medidas repetidas (2x2) foi utilizada para comparação entre a direção de giro (lado parético e não parético) e as avaliações pré e pós-intervenção. Testes-t pareados foram utilizados para investigar o impacto do treinamento na velocidade da marcha e habilidade para subir escadas (a=0,05). ANOVA mista com medidas repetidas (2x2) foi utilizada para verificar efeitos principais e de interação entre o lado em direção ao qual o giro foi realizado e as avaliações pré/pós intervenção e testes-t pareados para investigar o impacto do treinamento na velocidade da marcha e habilidade para subir escadas (α=0,05). RESULTADOS: Não houve diferença significativa para nenhuma das variáveis do SQT quando se considerou o lado de realização do giro (0,23<p<0,81; 0,06<F<1,48). Entretanto, houve melhora significativa no tempo para realizar o giro (p=0,01; F=6,90), independente do lado em que o mesmo foi realizado (p=0,56; F=0,34), na velocidade da marcha e na habilidade para subir escadas (p<0,001). CONCLUSÕES: O programa de treinamento, eficaz na melhora da velocidade da marcha e na habilidade para subir escadas, foi eficaz também na melhora do tempo de execução do giro, independente do lado para o qual o mesmo foi realizado: o giro em direção ao lado parético foi semelhante ao giro para o lado não parético.
OBJECTIVE: To investigate the performance of hemiplegic patients in 180° turns before and after a training program which is effective in improving other functional tasks, considering the effect of the turning direction. METHODS: Thirty chronic hemiplegics (17 men and 13 women; 56.36±10.86 years) participated in a training program (aerobic activities and muscular strengthening) and were evaluated before and after the intervention by means of the Step/Quick Turn (SQT; Balance Master®), which involves a 180° turn during gait. Gait velocity and stair climbing ability were also evaluated. Mixed repeated-measures ANOVA (2x2) was used to compare the turning direction (paretic and non-paretic) and the pre- and post-intervention evaluations. Paired t tests were used to investigate the impact of the training program on gait velocity and stair climbing ability (α=0.05). RESULTS: No significant differences were found in any of the SQT variables when considering the turning direction (0.23<p<0.81; 0.06<F<1.48). However, there was a significant improvement in the time taken to execute the turn (p=0.01; F=6.90), regardless of the turning direction (p=0.56; F=0.34), in gait velocity and in stair climbing ability (p<0.001). CONCLUSIONS: The training program, which is effective in improving gait velocity and stair climbing ability, was also effective in reducing turn execution times regardless of turning direction: turns in the direction of the paretic side were similar to turns in the direction of the non-paretic side.