RESUMO Objetivo: Avaliar a angulação dos segundos molares superiores permanentes em escolares com oclusão normal, utilizando radiografias panorâmicas e modelos de gesso, e avaliar a correlação entre as medidas obtidas pelos dois métodos. Métodos: Trinta escolares brasileiros com média de idade de 14 anos e 7 meses foram selecionados. Os escolares não tinham sido submetidos ao tratamento ortodôntico prévio, deveriam apresentar no mínimo quarto das seis chaves de oclusão de Andrews, com a primeira chave (relação interarco) sendo mandatória, e ausência de significativa assimetria. A angulação dos segundos molares superiors foi mensurada usando radiografia panorâmica e modelos de gesso. Resultados: A media de angulação, de acordo com a radiografia panorâmica, foi de 105,8º com direção distal (desvio padrão de 5,1º). Os modelos de gesso apresentaram média de angulação dos segundos molares de -5,8º, indicando angulação distal da coroa. O teste de correlação de Pearson demonstrou relação negative e fraca (p = 0,009; r2 = - 0,474), com maior angulação nas radiografias panorâmicas e menor angulação nos modelos de gesso, sendo esta correlação considerada inversamente proporcional. Conclusão: As medidas nas radiografias panorâmicas mostraram angulação de 105,8º em direção distal, enquanto que os modelos de gesso revelaram angulação média de -5,8º. Assim, deve-se considerar essas angulações para individualizar a angulação de colagem de acessórios ortodônticos em segundos molares superiores permanentes. A correlação da angulação obtida entre os dois métodos foi negativa; entretanto, devido à fraca correlação, ambos os métodos devem ser empregados para se avaliar a angulação dos segundos molares superiores.
ABSTRACT Objective: The aims of this study were to evaluate the angle of permanent second molars in schoolchildren with a normal occlusion, using panoramic radiographs and plaster models, and to evaluate the correlation between measurements obtained by these two methods. Methods: Thirty Brazilian schoolchildren with a mean age of 14 years and 7 months were selected. These individuals had not previously undergone orthodontic interventions, required a minimum of four of Andrews' six keys of occlusion, with the first key (interarch relation) being mandatory, and significant facial asymmetry was absent. Angulation of the maxillary second molars was measured using panoramic radiographs and plaster models. Results: The mean angulation, according to panoramic radiography, was 105.8º in the distal direction (standard deviation of 5.1º). The plaster models revealed a mean angulation of -5.8º, indicating a distal angulation of the crown. Pearsons' correlation test demonstrated a negative and weak relationship (p = 0.009; r2 = - 0.474), with a greater angle in the panoramic radiographs and a smaller angle in plaster models. This was considered an inverse proportional relationship. Conclusion: Measurements of the panoramic radiographs showed an angulation of 105.8º in the distal direction, while the plaster models revealed an angulation of -5.8º. Therefore, one should consider these angulations in order to personalize the placement of accessories on the upper permanent second molars. Correlation of this angulation using these two methods was negative; however, due to the weak correlation, both methods are needed when evaluating the angle of the upper second molar.