OBJETIVO: Avaliar o resultado do tratamento cirúrgico da escoliose em pacientes com atrofia muscular espinhal (AME) tipo 2. MÉTODO: Estudo retrospectivo com 12 pacientes portadores de AME tipo 2 submetidos à artrodese e instrumentação para correção da escoliose com mais de dois anos de seguimento. Foi avaliado o grau e percentual de correção da deformidade e da obliquidade pélvica no pós-operatório e a perda na última avaliação, além das complicações e o impacto do tratamento sobre a função respiratória. RESULTADOS: O seguimento médio foi de 77,5 meses (6,4 anos) ± 58,9 meses (4,9 anos), o ângulo de Cobb pré-operatório médio foi de 76,1° ± 31,7° (35° a 144°) e no pós-operatório de 29,5° ± 23,2° (5° a 90°), com a correção média de 46,6° (61,29%). A obliquidade pélvica média no pré-operatório foi de 15,1° ± 13,3° (variação de 0° a 37°), e no pós-operatório de 8,5° ± 9,9° (variação de 0° a 30°), com uma correção média de 6,5° (43,37%). Cinco pacientes tiveram complicações (41,6%). A Capacidade Ventilatória Forçada (CVF) média pré-operatória foi de 62,9% ± 38,6% (variação de 23,3% a 89%) e de 45,9% ± 25,0% (variação de 15% a 86,2%), na última avaliação. O declínio foi de 17% da capacidade vital, com redução de 2,4% por ano de seguimento. CONCLUSÕES: O tratamento cirúrgico da escoliose em pacientes com AME permite corrigir a obliquidade pélvica e restabelecer o balanço sagital e coronal liberando as mãos para as atividades da vida diária. A função pulmonar foi afetada positivamente pelo tratamento.
OBJECTIVE: To evaluate the outcome of surgical treatment of scoliosis in patients with spinal muscular atrophy (SMA) type 2. METHODS: A retrospective study with 12 patients with SMA type 2 who underwent arthrodesis and instrumentation for scoliosis correction with more than two years of follow-up. The degree and rate of correction of deformity and pelvic obliquity postoperatively and loss in the last evaluation were evaluated, in addition to the complications and the impact of treatment on respiratory function. RESULTS: Mean follow-up was 77.5 months (6.4 years) ± 58.9 months (4.9 years), Cobb angle before surgery averaged 76.1° ± 31.7° (35° to 144°) and postoperatively was 29.5° ± 23.2° (5° to 90°), with correction average of 46.6° (61.29%). The average pelvic obliquity preoperatively was 15.1° ± 13.3° (range 0° to 37°), and 8.5° ± 9.9° (range 0° to 30°) postoperatively, with an average correction of 6.5° (43.37%). Five patients had complications (41.6%). The forced ventilatory capacity (FVC) preoperative average was 62.9% ± 38.6% (range 23.3% to 89%) and 45.9% ± 25.0% (range 15% to 86.2%) in the last evaluation. The decline was 17% of vital capacity, with a reduction of 2.4% per year of follow-up. CONCLUSIONS: Surgical treatment of scoliosis in patients with SMA allows the correction of pelvic obliquity and restoration of the sagittal and coronal balance freeing the hands for activities of daily living. Lung function was positively affected by treatment.
OBJETIVO: Evaluar los resultados del tratamiento quirúrgico de la escoliosis en pacientes con atrofia muscular espinal (AME) de tipo 2. MÉTODOS: Estudio retrospectivo de 12 pacientes con atrofia muscular espinal tipo 2 que fueron sometidos a artrodesis e instrumentación para la corrección de la escoliosis, con más de dos años de seguimiento. En la última evaluación, se evaluaron el grado y el porcentaje de corrección de la deformidad y la oblicuidad pélvica después de la operación y la pérdida, además de las complicaciones y el impacto del tratamiento sobre la función respiratoria. RESULTADOS: El promedio de seguimiento fue 77,5 meses (6,4 años) ± 58,9 meses (4,9 años), el ángulo de Cobb antes de la cirugía en promedio 76,1° ± 31,7° (35° a 144°) y el postoperatorio fue 29,5° ± 23,2° (5° a 90°), con un promedio de corrección de 46,6° (61,29%). La oblicuidad pélvica promedio en el preoperatorio fue 15,1 ° ± 13,3° (variación de 0 ° a 37 °) y después de la operación 8,5° ± 9,9° (variación de 0° a 30°), con una corrección promedio de 6,5 ° (43,37%). Cinco pacientes presentaron complicaciones (41,6%). La Capacidad Ventilatoria Forzada (CVF) preoperatoria promedio fue 62,9% ± 38,6% (variación de 23,3% a 89%), y 45,9% ± 25,0% (variación de 15% a 86,2%) en la última evaluación. La disminución fue de 17% de la capacidad vital, con una reducción de 2,4% por año de seguimiento. CONCLUSIONES: El tratamiento quirúrgico de la escoliosis, en pacientes con AME, permite la corrección de la oblicuidad pélvica y restaurar el equilibrio sagital y coronal, liberando las manos para las actividades de la vida diaria. La función pulmonar se vio afectada positivamente por el tratamiento.