Resumo Quando Campbell fala sobre o caminho do herói, ele o faz no masculino. É natural que esse topos seja ocupado por um herói e não uma heroína. O "trajeto" encontra uma estrutura, uma série de "momentos" que se repetem no caminho de todo herói. Vemos essa estrutura repetida várias vezes na maioria das histórias que nos são contadas desde o início da humanidade até os dias atuais. O interessante da proposta de Campbell e que essa estrutura se repita no nível do inconsciente quando fazemos a passagem entre a infância e a vida adulta. É por isso que todas essas histórias, mitos, que são repetidos de geração em geração, penetram tão profundamente em todos os humanos que compartilham a mesma cultura. Todos nós passamos por esforços e, muitas vezes, com dor, na fase em que buscamos nossa identidade, na qual nos transformamos em um adulto que vai ocupar um lugar na sociedade. Neste trabalho, investigaremos o trabalho de uma cineasta argentina do século XX, María Luisa Bemberg, que através de seu trabalho e prática como roteirista e diretora de cinema questionou alguns valores culturais naturalizados sobre o que é ser mulher. Ele fez isso no assunto de seus filmes, mas também em sua prática profissional. Ela é conhecida como a primeira diretora de cinema argentina. Ela conseguiu ser reconhecida por seu trabalho em um ambiente com uma alta porcentagem de trabalhadores do sexo masculino e, na maioria de seus projetos, apoiouse na produção de outra mulher: Lita Stantic, um lugar que não era comum para uma mulher ocupar. Para isso, trabalharemos em alguns dos estereótipos femininos discutidos em sua filmografia, historizando sua construção.
Resumen Cuando Campbell habla del camino del héroe, lo hace en masculino. Está naturalizado que ese topos esté ocupado por un héroe y no una heroína. El “trayecto” cumple con una estructura, una serie de “momentos” que se repiten en el camino de todo héroe. Esa estructura la vemos repetirse una y otra vez en la mayoría de las historias que se nos narran desde los comienzos de la humanidad a la actualidad. Lo interesante del planteo de Campbell es que esa estructura se repite a nivel del inconsciente cuando hacemos el pasaje entre la niñez y nuestra vida adulta. Es por esto que todas esas historias, mitos, que son repetidos de generación en generación calan tan profundo en todos los humanos que comparten una misma cultura. Todos atravesamos con esfuerzo y muchas veces con dolor esa etapa en la que buscamos nuestra identidad, en que nos transformamos en un adulto que va a ocupar un lugar en la sociedad. En este trabajo vamos indagar sobre el trabajo de una cineasta argentina del siglo XX, María Luisa Bemberg, quien a través de su obra y de su práctica como guionista y directora cinematográfica puso en cuestión algunos valores culturales naturalizados respecto a qué es ser mujer. Lo hizo en la temática de sus films pero también en su práctica profesional. Se la conoce como la primera directora cinematográfica argentina. Logró ser reconocida por su trabajo en un entorno con un alto porcentaje de trabajadores varones y en la mayoría de sus proyectos se apoyó en la producción de otra mujer: Lita Stantic, lugar que tampoco era común que fuera ocupado por una mujer. Para esto vamos a trabajar algunos de los estereotipos femeninos que se discuten en su filmografía, historizando la construcción de los mismos.
Abstract When Campbell talks about the hero's path, he does it in masculine. It is naturalized that this place is occupied by a hero and not a heroine. The "path" means a structure, a series of "moments" that are repeated for every hero. We see this structure repeated over and over again in most of the stories that are told to us from the very beginning of humankind to the present. What`s interesting about Campbell's approach is that this structure is repeated at the level of the unconscious when we make the passage between childhood and our adult life. This is why all those stories, myths, that are told from one generation to another, are so deep in the consciousness of the humans that share the same culture. It´s a path full of effort and sometimes pain to seek identity, and become an adult who is usefull to society. In this paper we will investigate the work of an Argentine filmmaker of the twentieth century, María Luisa Bemberg, who through her work and her practice as a screenwriter and film director called into question some naturalized cultural values regarding what it is to be a woman. She did it in the subject of his films but also in her professional practice. She is known as the first Argentine film director. She managed to be recognized for her work in an environment with a high percentage of male workers and in most of her projects she relied on the production of another woman: Lita Stantic, a place that wasn´t either occupied by women. We are also going to work on some of the female stereotypes that are discussed in her filmography, historizing and contextualizing their construction.