OBJETIVO: Esclarecer se, em indivíduos saudáveis, a prática de ioga pode modificar a pressão inspiratória máxima e os índices espirométricos quando comparada com a prática de ginástica aeróbia. MÉTODOS: Ensaio clínico controlado. Foram alocados consecutivamente 31 voluntários hígidos, formando-se dois grupos: um que praticou ginástica aeróbia (n = 15) e outro que praticou ioga (n = 16). Os indivíduos do primeiro grupo serviram como controles e praticaram ginástica aeróbia em duas sessões semanais com duração de 45 a 60 minutos por três meses. Os indivíduos do segundo grupo praticaram posturas selecionadas de ioga em duas sessões semanais com a mesma duração, também por três meses. Capacidade vital forçada, volume expiratório forçado no primeiro segundo e pressão inspiratória máxima foram medidos antes e ao final dos três meses de treinamento. RESULTADOS: Os índices espirométricos não apresentaram alterações significativas. As práticas de ioga ou ginástica aeróbia resultaram em pequenos aumentos da pressão inspiratória máxima, não significativos estatisticamente. Contudo, o delta absoluto da pressão inspiratória máxima (final menos inicial) do grupo que praticou ioga demonstrou uma variação positiva significativa para ambos os sexos em relação ao grupo controle: sexo masculino 19,5 cm H2O versus 2,8 cm H2O (p = 0,05), e sexo feminino 20 cm H(2)0 versus 3,9 cm H2O (p = 0,01), respectivamente. CONCLUSÃO: A pressão inspiratória máxima de indivíduos que praticaram ioga ou ginástica aeróbia não aumentou de maneira estatisticamente significativa após três meses de treinamento. Entretanto, a variação absoluta da pressão inspiratória máxima foi maior entre os praticantes de ioga.
OBJECTIVE: To clarify whether, in healthy individuals, practicing yoga can modify maximal inspiratory pressure and spirometric indices when compared with the practice of aerobic exercise. MEYHODS: A controlled clinical trial. A total of 31 healthy volunteers were allocated to practice aerobic exercise (n = 15) or to practice yoga (n = 16). Those in the first group served as controls and engaged in aerobic exercise for 45-60 minutes, twice a week for three months. Those in the second group practiced selected yogic techniques, also in sessions of 45-60 minutes, twice a week for three months. Forced vital capacity, forced expiratory volume in one second and maximal inspiratory pressure were measured before and after the three months of training. RESULTS: No significant alterations were seen in the spirometric indices. A slight, although not significant, improvement in maximal inspiratory pressure was seen in both groups. However, there was a significant difference, seen in both genders, between the absolute delta (final value minus baseline value) of maximal inspiratory pressure for the group practicing yoga and that obtained for the group engaging in aerobic exercise (males: 19.5 cm H2O versus 2.8 cm H2O, p = 0.05; females: 20 cm H2O versus 3.9 cm H2O, p = 0.01). CONCLUSION: Neither yoga nor aerobic exercise provided a statistically significant improvement in maximal inspiratory pressure after three months. However, the absolute variation in maximal inspiratory pressure was greater among those practicing yoga.