Resumo Objetivo: caracterizar o conhecimento e a prática de atividades físicas em idosos diabéticos tipo 2, assistidos em um ambulatório de referência da cidade de Fortaleza, comparando-os com idosos não-diabéticos. Métodos : O estudo, do tipo transversal, envolveu 44 idosos com Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) e 44 sem DM2, avaliados por meio de um questionário sobre prática, recomendações, orientações e conhecimentos de atividades físicas. Os dados foram analisados por meio do teste Qui-quadrado. O nível de significância foi de p<0,05. Resultados: Em relação à prática e a freqüência semanal de alguma atividade física, verificou-se que aproximadamente metade dos participantes dos dois grupos não praticava nenhuma atividade física. Dentre as recomendações recebidas de profissionais da saúde sobre a prática de atividades físicas, 84,1% (N=37) dos idosos diabéticos responderam que as tinham recebido, enquanto que entre os idosos não-diabéticos apenas 58,7% (N=27) afirmaram que essas recomendações foram dadas. As orientações verbais predominaram em ambos os grupos. Em relação à opinião dos indivíduos a respeito dos benefícios da atividade física para os portadores de diabetes, a maioria dos idosos DM2 afirmou que a atividade física pode beneficiá-los. Conclusão: Os idosos DM2 mostraram melhor conhecimento e prática regular de atividade física do que os idosos não-diabéticos. É necessária a elaboração de ações em que o idoso adquira conhecimentos para a descoberta de seus limites físicos e motores.
Abstract Objective : Methods: The cross-sectional study comprised 44 elderly people with type 2 Diabetes Mellitus (DM2) and 44 without DM2, who were interviewed through a questionnaire regarding practice, recommendations, guidance and knowledge of physical activities. Data were analyzed using Chi-Squared test. The level of significance was p<0.05. Results : Regarding the practice and weekly frequency of a physical activity, it was verified that approximately half of participants in both groups did not practice any physical activity. Concerning the recommendation received from health professionals on physical activity, 84.1% (N=37) of dibetic elderly replied that they had received this advice, whereas only 58.7% (N=27) of the non-diabetic ones said they had been given these recommendations. Verbal advice predominated in both groups. As to the opinion of the individuals regarding the benefits of physical activity for diabetics, most of the DM2 elderly stated that physical activity could be beneficial. Conclusion : The DM2 elderly had better knowledge and practice of regular physical activity than non-diabetic elderly. Actions need to be elaborated for the elderly to acquire knowledge to discover their physical and motor limits.