Resumo: Introdução: A educação médica está se adaptando às metodologias e técnicas de aprendizagem com o objetivo de facilitar e melhorar a compreensão dos discentes. Os modelos de metodologia ativa, que podem ser aplicados na forma de Problematização e Aprendizagem Baseada em Problemas, incentivam o pensamento crítico dos alunos, e o professor assume a função de mediador. Considerando os avanços tecnológicos e científicos, são necessárias atualizações nos recursos de ensino de anatomia, visando desenvolver uma aprendizagem mais flexível, criativa e interativa. Objetivo: Este estudo teve como objetivo apresentar ferramentas inovadoras no ensino-aprendizagem em anatomia no curso de Medicina. Método: Trata-se de revisão integrativa realizada por meio de levantamento bibliográfico, em que se adotaram as etapas metodológicas adequadas e se utilizaram as bases de dados PubMed, SciELO e Cochrane. Resultado: Dos 23 artigos selecionados, seis abordaram o uso de modelos tridimensionais; sete trataram de imagens radiológicas; cinco referiram-se à dissecação; seis versaram sobre simuladores, jogos e ambientes computadorizados; e dois ocuparam-se de outras metodologias, sendo que alguns artigos abordam mais de uma metodologia. Os modelos tridimensionais destacam-se por não demandarem investimentos em conservação e procedimentos legais para sua obtenção, como ocorre com os cadáveres. Métodos de diagnóstico por imagem utilizados nas aulas ajudam a compreender a sua importância no diagnóstico e tratamento dos pacientes. Outras duas metodologias encontradas foram o Audience Response System (ARS) e Competency Based Medical Education (CBME). Por fim, a dissecação possui como desvantagem o estado de conservação e escassez das peças, mas é considerada o modo ativo de aprendizagem que contribui para os melhores resultados. Conclusão: As metodologias ativas - das quais as mais prevalentes são os modelos tridimensionais, as imagens radiológicas, a dissecação e os ambientes computadorizados - podem ser vistas como uma alternativa para utilização no ensino da anatomia para o curso de Medicina e permitem que o aluno escolha a melhor técnica de aprendizagem.
Abstract: Introduction: Medical education is adapting, in terms of methodologies and learning techniques, to facilitate and enhance student comprehension. Active learning methodology models, that can be applied as critical analysis and problem-based learning, encourage critical thinking among the students, and the teacher assumes a mediator role. Considering recent technological and scientific advances, the teaching resources use for clinical anatomy training need to be updated, with a view to developing a more flexible, creative and interactive learning experience. Objective: To present innovative tools in the anatomy teaching-learning process at medical school. Methodology: Integrative review performed through bibliographic search in the databases PubMed, Scielo and Cochrane, following appropriate methodological steps. Results: Of the 23 selected articles, six addressed the use of three-dimensional models; seven were about radiology and imaging; five discussed dissection; six were directed at simulators, games and computerized environments; and two articles discussed other methodologies, even though some articles approach more than one methodology. Three-dimensional models are of particular interest since they are acquired free of investment in conservation or legal procedures, unlike cadavers. Image diagnoses methods used in class help students understand their importance in patient diagnosis and treatment. Two other methodologies found were the Audience Response System (ARS) and Competency Based Medical Education (CBME). Finally, dissection presents the disadvantage the state of conservation and scarcity of the pieces, but it is still considered an active learning method that contributes toward better results for students. Conclusion: Active learning methodologies, especially the most prevalent ones, such as three-dimensional models, radiology and imaging, dissection and computerized environments, can be seen as an alternative for use in clinical anatomy training at university and allow the student to choose the best learning technique.