Resumo No atual cenário mundial de forte competitividade, o fator humano aumentou sua importância e apresenta-se hoje como fator chave para aumentar a flexibilidade e a performance das organizações. Uma das práticas de Recursos Humanos mais difundidas e estudadas, a partir dos anos 1990, foi o modelo de gestão por competências, que inovou ao alterar o referencial "cargo" para o elemento "pessoas". Assim, neste artigo, pretendeu-se investigar quais são os fatores que influenciam a percepção de ganho social dos funcionários de uma organização que adotou o modelo de gestão de pessoas por competências. É um trabalho quantitativo com metodologia de levantamento (survey). A amostra é composta de 422 funcionários de uma universidade pública brasileira que implantou o modelo em 2011. O questionário disponibilizado em ambiente virtual utilizou as dimensões desenvolvidas por Sarsur (2007). Foram analisadas por meio de técnicas estatísticas não paramétricas as relações entre ações de educação corporativa, movimentação salarial, movimentação na carreira, ocupação de cargos de gestão, local de trabalho e tempo de serviço (variáveis independentes) com a percepção de ganho social dos funcionários (variáveis dependentes). Os resultados indicam que a percepção de ganhos sociais com o modelo por competências por parte dos funcionários possui caráter prioritariamente utilitarista, ou seja, apenas os servidores beneficiados apontaram rankings superiores de percepção em relação à nova proposta.
Abstract In the present global scenario of strong competitive edge, the Human factor had its relevance enhanced, presenting itself as a key element to enhance organizations' flexibility and performance. Since the 1990s, one of the most widespread and studied Human Resources practices has consisted of the Management Model by Competency, that innovated by changing the "position" reference to the "people" element. Therefore, this paper tries to investigate what are the elements that influence the employees' perception of social gain within an establishment that had taken on the competency management model. This is a quantitative work with survey methodology. The sample consists of 422 employees of a Brazilian public university that had implanted the competency model in 2011. The questionnaire, available in an online environment, used the dimensions developed by Sarsur (2007). The relationships between the actions on corporate education, wage move, career move, managerial positions held, workplace and seniority (independent variables) with the perception employees have of social gain (dependent variables) were analyzed through non parametric statistical techniques. The results indicate that the employees' perception of social competency gains in the model displays an essentially utilitarian nature. Namely, just the benefited employees demonstrated higher rankings of perception regarding the new proposal.
Resumen En el actual escenario mundial de fuerte competitividad, se atribuye mayor importancia al factor humano, que se presenta como elemento clave para aumentar la flexibilidad y el desempeño de las organizaciones. Una de las prácticas de Recursos Humanos más difundidas y estudiadas a partir de los años noventa ha sido el modelo de gestión por competencias, que ha innovado al cambiar del referente "puesto" al elemento "personas". En este artículo se pretende investigar qué factores influyen en la percepción de beneficio social por parte de los empleados de una organización que adopta el modelo de gestión de personas por competencias. Es un estudio cuantitativo con método survey. La muestra está compuesta por 422 funcionarios de una universidad pública brasileña que utiliza el modelo desde 2011. En la encuesta, disponible en forma virtual, se han utilizado las dimensiones desarrolladas por Sarsur (2007). Mediante técnicas estadísticas no paramétricas, se han analizado las relaciones entre acciones de educación corporativa, aumento salarial, movimiento en la carrera, ocupación de puestos de gestión, lugar de trabajo y antigüedad (variables independientes) con la percepción de beneficio social de los empleados (variables dependientes). Los resultados indican que la percepción de beneficios sociales del modelo por competencia por parte de los encuestados posee carácter sobre todo utilitarista, es decir, sólo los funcionarios beneficiados han indicado rankings superiores de percepción con relación a la nueva propuesta.