O artigo sustenta que já existe uma conexão próxima na teoria política entre projetos normativos e positivos. Afirma que os autores que tradicionalmente trabalham com teoria política de forma normativa partiram de pressupostos de racionalidade, tanto porque pretendiam convencer uma audiência composta de indivíduos que presumivelmente seriam suscetíveis à razão, quanto porque uma teoria normativa trata de sujeitos inteligíveis, cujas ações podem ser compreendidas ou mesmo alteradas por mudanças no contexto institucional. Em um primeiro momento, apresenta os conceitos de racionalidade de Aristóteles, Hobbes e Rousseau e discute o seu papel em suas teorias. Em seguida, examina de que maneira esses conceitos (ou interpretações) de racionalidade diferem das formas contemporâneas de compreendê-la, e defende a necessidade de que se recuperem alguns aspectos perdidos da racionalidade como ferramenta conceitual.
The article claims that there is already a close connection between normative and positive projects in political theory. The argument is that, traditionally, normative political theorists have embraced rationality assumptions, both because they were interested in persuading an audience, presumably capable of responding to reasons, and because a normative theory deals with rational subjects, whose actions can be understood and perhaps changed by altering their institutional context. By examining the work of Aristotle, Hobbes and Rousseau the article attempts to do two things: first, to elucidate their conceptions of rationality and show the work rationality does within their theories. Second, the article examines how those conceptions (or interpretations) of rationality depart from current understandings and argues in favor of recovering some lost aspects of rationality as an analytical concept.
L'article soutient qu'il existe déjà, en théorie politique, un lien assez proche entre les projets normatifs et les projets positifs. Il affirme que les auteurs qui travaillent traditionnellement avec la théorie politique de manière normative, partent de présupposés de rationalité, c'est-à-dire: d'une part ils cherchent à convaincre un public composé d'individus qui, nous supposons, seraient susceptibles à la raison; d'autre part, parcequ'une théorie normative traite des sujets intelligibles, dont les actions peuvent être comprises ou même modifiées par des changements dans un contexte institutionnel. Dans un premier temps, l'article présente les concepts de rationalité d'Aristote, de Hobbes et de Rousseau, tout en discutant leur rôle dans leurs théories. Ensuite, il examine de quelle façon ces concepts (ou interprétations) de rationalité diffèrent des formes contemporaines de les comprendre. Finalement, il défend le besoin de récupérer certains aspects perdus de la rationalité en tant qu'instrument conceptuel.