Trabalhos recentes mostram que a pulverização de macieiras com inibidor da biossíntese de giberelinas pode reduzir o crescimento vegetativo das plantas e melhorar a qualidade dos frutos. O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da pulverização de macieiras com um inibidor da biossíntese de giberelinas, prohexadiona-cálcio (ProCa), e com giberelina (GA3), sobre a floração, frutificação e qualidade dos frutos. O experimento foi conduzido em pomar localizado no município de São Joaquim-SC, na safra de 2009/2010. Macieiras 'Catarina' e 'Fuji' foram pulverizadas com água (tratamento- controle), ProCa e GA3 [ambos os produtos na dose de 319 g (i.a.) ha-1], quando as brotações do ano estavam com 5-10 cm de comprimento, sendo repetidas após 20 dias. A contagem do número de cachos florais e de frutos nas plantas ocorreram, respectivamente, nos meses de outubro e novembro, em 2009 e 2010. Os frutos foram submetidos às análises de qualidade na colheita e após quatro meses de armazenamento refrigerado (0±0,5 ºC / 90-95% UR), seguido de sete dias de comercialização simulada (20±4 ºC / 60-70% UR). No ano subsequente ao da aplicação dos tratamentos (2010), macieiras 'Fuji' pulverizadas com ProCa apresentaram menor frutificação do que o tratamento-controle. O tratamento com ProCa proporcionou maior coloração vermelha em maçãs 'Catarina'. No momento da colheita, maçãs 'Fuji' e 'Catarina' provenientes de plantas pulverizadas com ProCa apresentaram maior força para a penetração da polpa na região mais vermelha dos frutos. Após o armazenamento, maçãs 'Fuji' de plantas pulverizadas com GA3 apresentaram menor firmeza de polpa e maçãs 'Catarina' de plantas pulverizadas com ProCa apresentaram maior firmeza de polpa. A pulverização de GA3 em macieiras, em pós-floração (duas aplicações, cada aplicação na dose de 319 g ha-1), pode comprometer a floração no ano subsequente à sua aplicação, bem como ocasionar a alteração em alguns dos atributos de qualidade dos frutos, indicando um avanço na maturação. O ProCa pode aumentar a firmeza de polpa e a porcentagem de cor vermelha em frutos de macieiras 'Catarina', e reduzir a floração e a frutificação no ano subsequente à sua aplicação em macieiras 'Fuji'.
Recently published study has shown the apple trees treated with inhibitor of gibberellins biosynthesis have reduced vegetative growth and improved fruit quality. The aim of this study was to evaluate effects of spraying apple trees with prohexadione-calcium (ProCa) (an inhibitor of gibberellins biosynthesis) and gibberellin (GA3) on yield potential and fruit quality. The experiment was conducted in an orchard located in São Joaquim, State of Santa Catarina (Southern Brazil) in 2009/2010. 'Catarina' and 'Fuji' apple trees were treated with water (control), ProCa and GA3 [both products at the dose of 319 g (a.i.) ha-1], when shoots were 5-10 cm long, with treatments repeated after 20 days. The number of flower buds and fruits in the plants was assessed in October and November, respectively, in 2009 and 2010. Fruit quality was assessed at harvest and after four months of cold storage (0±0.5 ºC / 90-95% RH), followed by seven days of simulated marketing (20±4 ºC / 60-70% RH). In the year following the treatment of the trees (2010), 'Fuji' apples treated with ProCa had lower fruit set than the control. ProCa increased the red color in 'Catarina' apples. At harvest, the force for flesh penetration in the red side of the fruit was increased in apple trees of both cultivars treated with ProCa. After cold storage, 'Fuji' apples of trees treated with GA3 had lowest flesh firmness, while 'Catarina' apples of trees treated with ProCa had highest flesh firmness. The GA3 sprayed after full bloom (two treatments, each one at 319 g ha-1) might reduce the bloom of the following season and cause some changes in fruit quality attributes, leading to advanced maturity. The treatment with ProCa may increase the flesh firmness and red color in the 'Catarina' apples, and reduce return bloom and fruit set in the year following the treatment in 'Fuji' apples.