No Rio Grande do Norte, os produtores de melão utilizam agrotêxtil na cobertura das plantas até o início da floração, para reduzir a população de pragas que causam sérios prejuízos à cultura. Desta forma, é importante saber o momento da retirada do agrotêxtil porque, decorrente de seu uso, presume-se que ocorram alterações fisiológicas nas plantas. Com o objetivo de avaliar o crescimento e produtividade de plantas de melão Cantaloupe 'Acclaim' cultivadas sob proteção com agrotêxtil (TNT), realizou-se um experimento na Universidade Federal Rural do Semi-árido em Mossoró-RN. O delineamento foi de blocos casualizados completos, com quatro repetições, dispostos em parcelas subdivididas, tendo nas parcelas os períodos de proteção de plantas [0, 18, 21, 24, 27 e 30 dias após o transplantio (DAT)], e nas subparcelas, as épocas de amostragens das plantas (13, 20, 27, 34, 41, 48 e 55 DAT). Foram avaliados o acúmulo de massa seca nas folhas (AMSFO), ramos (AMSR), flores (AMSF), frutos (AMSFR) e total (AMST), partição de assimilados, índice de área foliar (IAF), razão de peso foliar (RPF), taxa de crescimento absoluto (TCA) e relativo (TCR), taxa assimilatória líquida (TAL), produtividade total (PTOT) e comercial (PCOM). Os tratamentos com agrotêxtil não afetaram o AMST que atingiu o máximo de 295,12 g planta-1, aos 53 DAT, com os frutos se comportando como dreno preferencial da planta, sendo responsáveis por 72,25% da massa seca acumulada. O IAF e a TCA apresentaram crescimento até 55 e 42 DAT (1,95 e 18,518 g/planta/dia) respectivamente, enquanto a RPF e a TCR decresceram ao longo do ciclo, com máximos de 0,911 e 0,242 g/g/dia, aos 13 e 20 DAT, respectivamente. A PTOT e PCOM não foram afetadas pelos períodos de proteção das plantas, com médias de 29,30 e 22,25 t ha-1, respectivamente, indicando que é possível, manejar o agrotêxtil de modo a retirá-lo tardiamente, o que reduz custos com defensivos e sem prejuízos significativos na produtividade.
In Rio Grande do Norte, the melon growers have been using the row cover on the roof of the plants to start flowering in order to reduce the population of insect pests that cause severe losses, rising production costs, especially with the application of defensive. Thus, it is important to know the best time to remove the row cover because, due to its use, it is assumed that there are changes in the physiological response of plants. In order to evaluate the growth and yield of the melon plants 'Acclaim' cultivated under protection agrotextile (TNT) for different periods, a trial was conducted at the Universidade Federal Rural do Semi-árido, Mossoró, Rio Grande do Norte state. The experimental design was a randomized complete block, with four replications, in a splitplot, the plots were the plant protection periods (0, 18, 21, 24, 27 and 30 days after transplanting, DAT), and splitplots, times of sampling the plants (13, 20, 27, 34, 41, 48 and 55 DAT). We evaluated the dry matter accumulation in leaves (LDMA), branches (BDMA), flowers (FDMA), fruits (FrdMA) and total (TDMA), assimilate partitioning, leaf area index (LAI), leaf weight ratio (LWR), absolute growth rate (AGR) and relative (RGR), net assimilation rate (NAR), total (PTOT) and marketable productivity (PCOM). The treatments with plant protection did not affect the TDMA which peaked at 295.12 g plant-1 at 53 DAT, with the fruits behaving like sink preferred plant, accounting for 72.25% of the dry mass accumulated. The LAI and the AGR grew by 55 and 42 DAT (1.95 and 18.518 g/plant/day), respectively, while the LWR and RGR decreased over the cycle, with peaks of 0.911 and 0.242 g/g/day, at 13 and 20 DAT, respectively. The PTOT and PCOM were not affected by periods of plant protection, with averages of 29.30 and 22.25 t ha-1, respectively, indicating that it is possible to manage the row cover in order to remove it later, that reduces costs and crop protection without significant loss in productivity.