RESUMO Objetivo: Comparar os resultados da fixação das fraturas supracondilianas completas e desviadas do úmero de crianças com dois tipos de configuração de fios de Kirschner. Método: O tipo de fixação foi aleatorizado para fixação com dois fios de Kirchner cruzados ou laterais divergentes. Depois de seis meses foi feita a comparação entre os dois grupos fixados entre si e cada um deles com o lado não fraturado do mesmo paciente (alinhamento clínico, arco de movimento, critérios de Flynn, ângulos de Baumann e capituloumeral). Resultados: Participaram do estudo 43 crianças (65% meninos), com idade média de seis anos e cinco meses. A extensão (p = 0,89), o ângulo de carregamento (p = 0,94) e os critérios de Flynn (p = 0,56) foram semelhantes entre os dois grupos, sem ocorrência de lesões iatrogênicas. A flexão foi discretamente menor no grupo com fios cruzados (p = 0,04), mas próximo do cotovelo normal. O ângulo de Baumann não apresentou diferença entre as duas fixações (p = 0,79), bem como com o lado não fraturado (p = 0,01). O ângulo capituloumeral foi ligeiramente maior (p = 0,08) nos fios laterais, mas sem diferença em relação lado normal (p = 0,62). Conclusão: As duas fixações apresentaram resultados similares e não alteraram significativamente o ângulo frontal do cotovelo em relação ao lado não fraturado. Nível de evidência II, Estudo terapêutico - Investigação dos resultados do tratamento.
ABSTRACT Objective: To compare the outcomes of the fixation of complete and displaced supracondylar humeral fractures in children with two different Kirschner wire configurations. Methods: The type of fixation was randomized to either crossed (19 cases), or two divergent lateral Kirschner wires (24 cases). The comparison was made six months later between the two treated groups and each group with the non-fractured elbow (clinical alignment, range of motion, Baumann angle, and lateral humeral capitellar angle). Results: 43 children were evaluated (65% boys) with a mean age of six years and five months. The carrying angle (p = 0.94), extension (p = 0.89), and the Flynn´s criteria (p = 0.56) were similar between the groups. The flexion was slightly smaller for the crossed wire group (p = 0.04), but similar to the uninjured side. The Baumann angle was not different between the two fixations (p = 0.79) and the contralateral side (p = 0.1). The lateral humeral capitellar angle was slightly greater for the lateral pinning (p = 0.08), but with no difference with the uninjured elbow (p = 0.62). No iatrogenic injuries were observed. Conclusion: Both fixations presented similar outcomes that did not significantly affect the carrying angle in relation to the non-fractured side. Level of evidence II, Therapeutic study - Investigating the results of treatment.