FUNDAMENTO: O diabete e a doença cardiovascular emergiram como ameaças principais à saúde humana, e o risco está aumentado nos indivíduos com obesidade visceral. É consenso que o exercício físico deve fazer parte do tratamento do diabete melito (DM). OBJETIVO: Comparar a influência de programas de exercício físico orientados e estruturados (PEOE) com freqüência de três e cinco vezes por semana, no período de 20 semanas, no controle glicêmico e composição corporal de diabéticos tipo 2 (DM2). MÉTODOS: A pesquisa realizou-se na Universidade Federal de São Paulo. Grupo Controle (GC), n=17, idade (Mi: 55,8 anos), recebeu incentivo, na consulta médica, para o exercício físico. Grupo 3x (G3), n=14, idade (Mi: 57,4 anos), uma hora de exercício físico, 3x\semana. Grupo 5x (G5), n=9, idade (Mi: 58,8 anos), mesmo protocolo, mas 5x\semana. Tempo de diagnóstico: Mi: 5 anos, em todos os grupos. Aula constava de 5 min aquecimento, 30 min caminhada (esteira) a 70% da freqüência cardíaca máxima e 10 min relaxamento. IMC, cintura, porcentual de gordura (PG), glicemia capilar (Gcap), glicemia de jejum (GJ), hemoglobina glicada (HbA1c) foram avaliados. RESULTADOS: Realizou-se uma comparação entre o instante Basal (B) e 20ª semana (20ª). IMC no G3(B: 29,5±2,9 vs 20ª: 28,3±2,2 kg/m², p=0,005) e G5 (B: 29,7±4,4 vs 20ª: 29,1±4,3 kg/m², p=0,025); cintura G5 (B: 100,5±11,9 vs 20ª: 933±11,7 cm, p=0,001); PG no G3 (B: 31±5,1 vs 20ª: 26±5%, p=0,001) e G5 (B: 32,4±5,4 vs 20ª: 30,3±6,9%, p=0,001); GJ, G5 (B: 150,8±47,5 vs 20ª: 109,2±30,5 mg/dl, p=0,034), apresentaram diferenças estatisticamente significativas. GC não apresentou diferenças estatisticamente significativas, nessas variáveis. Gcap apresentou uma tendência de queda no pós-exercício físico no G5. HbA1c não apresentou diferenças estatisticamente significativas nos três grupos. CONCLUSÃO: O G5 foi melhor que o G3, na maioria dos parâmetros avaliados. Porém, os resultados não apresentaram uma diminuição na HbA1c nos pacientes com DM2.
BACKGROUND: Diabetes and cardiovascular disease have emerged as key threats to human health, and the risk is increased in individuals with visceral obesity. The consensus is that physical exercise should be part of the treatment of diabetes mellitus (DM). OBJECTIVE: To compare the influence of guided and structured physical exercise programs (SPEP), three to five times per week, during a period of 20 weeks, on glycemic control and body composition of type 2 diabetic patients (DM2). METHODS: The research was conducted at the Universidade Federal de São Paulo (Federal University School of Medicine in São Paulo). At the clinical visit, patients from the Control Group (CG) n=17, mean age 55.8 years, were encouraged to engage in a physical exercise program. Patients from Group 3x (G3), n=14, mean age 57.4 years, were to engage in 1 hour of physical exercise, 3x/week, and Group 5x (G5), n=9, mean age 58.8 years, followed the same protocol but 5x/week. Mean of 5 years since diagnosis in all groups. Classes consisted of a 5-minute warm-up, 30-minute treadmill walk at 70% of maximum heart rate, and 10-minute relaxation. BMI, abdominal circumference (AC), percentage of body fat (BF), capillary glycemia (CG), fasting glycemia (FG), and glycated hemoglobin (HbA1c) were assessed. RESULTS: A comparison was made between the baseline time point (B) and the 20th week (20th). BMI in G3 (B:29.5±2.9 vs. 20th: 28.3 ± 2.2 Kg/sqm, p=0.005) and G5 (B:29.7±4.4 vs. 20th: 29.1 ± 4.3 Kg/sqm, p=0.025); abdominal circumference in G5 (B:100.5±11.9 vs. 20th: 933 ± 11.7 cm, p=0.001); BF in G3 (B:31±5.1 vs 20th: 26±5%, p=0.001) and G5 (B:32.4 ± 5.4 vs. 20th: 30.3 ± 6.9%, p=0.001); FG, G5 (B:150.8 ± 47.5 vs. 20th: 109.2± 30.5 mg/dL, p=0.034), showed statistically significant differences. CG did not show statistically significant differences for these variables. CG showed a tendency to drop after physical exercise in G5. HbA1c showed no statistically significant differences in the three groups. CONCLUSION: G5 did better than G3 in most parameters assessed. However, results failed to show a decrease of HbA1c in DM2 patients.
FUNDAMENTO: La diabetes y la enfermedad cardiovascular surgieron como principales amenazas a la salud humana, y el riesgo crece en los individuos con obesidad visceral. Es un consenso que el ejercicio físico debe formar parte del tratamiento de la diabetes mellitus (DM). OBJETIVO: Comparar la influencia de programas de ejercicio físico orientados y estructurados (PEOE) con frecuencia de tres y cinco veces por semana, en el período de 20 semanas, en el control glucémico y la composición corporal de diabéticos tipo 2 (DM2). MÉTODOS: La investigación se realizó en la Universidad Federal de São Paulo. Grupo Control (GC), n=17, edad (edad promedio (EP): 55,8 años), recibió incentivo en la consulta médica para la realización de ejercicio físico. Grupo 3x (G3), n=14, edad (EP: 57,4 años), una hora de ejercicio físico, 3x/semana. Grupo 5x (G5), n=9, edad (EP: 58,8 años), mismo protocolo, pero 5x\semana. Tiempo de diagnóstico: EP: 5 años, en todos los grupos. La clase constaba de 5 min calentamiento, 30 min caminata en estera rodante hasta el 70% de la frecuencia cardiaca máxima y 10 min relajamiento. Se analizó IMC, cintura, porcentual de grasa (PG), glucemia capilar (GCap), glucemia de ayuno (GA), hemoglobina glucosilada (HbA1c). RESULTADOS: Se realizó una comparación entre el instante Basal (B) y la 20ª semana (20ª). Presentaron diferencias estadísticamente significativas: IMC en el G3(B: 29,5±2,9 vs 20ª: 28,3±2,2 kg/m², p=0,005) y el G5 (B: 29,7±4,4 vs 20ª: 29,1±4,3 kg/m², p=0,025); cintura G5 (B: 100,5±11,9 vs 20ª: 933±11,7 cm, p=0,001); PG en el G3 (B: 31±5,1 vs 20ª: 26±5%, p=0,001) y G5 (B: 32,4±5,4 vs 20ª: 30,3±6,9%, p=0,001); GA, G5 (B: 150,8±47,5 vs 20ª: 109,2±30,5 mg/dl, p=0,034). El GC no presentó diferencias estadísticamente significativas, en estas variables. La GCap presentó una tendencia de caída en el post ejercicio físico en G5. La HbA1c no presentó diferencias estadísticamente significativas en tres grupos. CONCLUSIÓN: En la mayoría de los parámetros evaluados, el G5 se mostró mejor que el G3. Sin embargo, los resultados no presentaron una reducción de la HbA1c en los pacientes con DM2.