A reação de sete genótipos de Coffea arabica a 10 populações de Meloidogyne spp. coletadas principalmente em plantios de café no Brasil e Costa Rica foi avaliada em casa de vegetação. O inóculo consistiu de 10.000 ovos por planta. As avaliações foram realizadas 8 meses após as inoculações considerando-se a massa da matéria fresca das raízes, índices de galhas e massas de ovos, número de ovos por grama de raiz e fator de reprodução (FR). As cultivares Obatã IAC 1669-20, Sarchimor IAC 4361 e Tupi Amarelo IAC 5111 exibiram suscetibilidade às quatro populações brasileiras de M. exigua. Entretanto, cv. Tupi Vermelho IAC 1669-33 mostrou-se resistente (FR=0,7) a uma população de M. exigua proveniente de Lavras, MG, Brasil. A população de M. exigua oriunda de Bom Jesus de Itabapoana, RJ, Brasil foi altamente virulenta à cv. IAPAR 59 (FR= 165,7), portadora do gene de resistência Mex-1 e ao genótipo Paraíso (H 419-5-4-5-2) (FR=396,2). A população de Meloidogyne sp. do cafeeiro, Garça, SP, Brasil, reproduziu-se em baixos níveis (FR = 0,1 - 3,9) sobre todos os genótipos. Todas as cultivares testadas foram suscetíveis a M. incognita e M. paranaensis. A reprodução de M. mayaguensis obtida de goiabeira, PR, Brasil, foi baixa (FR = 0,0-1,6), em todos os genótipos. Entretanto, outra população obtida do cafeeiro na Costa Rica apresentou valores de FR que variaram de 0,8 a 12,4. Os resultados deste trabalho mostraram, pela primeira vez, a capacidade de uma população de M. exigua obtida em campo de superar a resistência conferida pelo gene Mex-1.
The reaction of seven genotypes of Coffea arabica to 10 Meloidogyne spp. populations collected mainly from coffee plantations in Brazil and Costa Rica was evaluated under greenhouse conditions. The inoculum consisted of 10,000 eggs per plant. Evaluations were done 8 months after inoculations considering the root fresh weight, gall and egg mass indices, number of eggs per gram of root and reproduction factor (RF). The cultivars Obatã IAC 1669-20, Sarchimor IAC 4361 and Tupi Amarelo IAC 5111 exhibited susceptibility to the four Brazilian M. exigua populations tested. However, cv. Tupi Vermelho IAC 1669-33 revealed resistance (RF value of 0.7) to the M. exigua population from Lavras, Minas Gerais State, Brazil. A population of M. exigua from Bom Jesus de Itabapoana, Rio de Janeiro State, Brazil, was highly virulent on cv. IAPAR 59 (RF= 165.7), bearing resistance gene Mex-1, and was also virulent on genotype Paraíso (H 419-5-4-5-2) (RF=396.2). A Meloidogyne sp. population on coffee from Garça, São Paulo State, Brazil, reproduced at low rates (RF ranging from 0.1 to 3.9) on all genotypes. All tested cultivars were susceptible to M. incognita and M. paranaensis. M. mayaguensis of guava from Paraná State, Brazil, reproduced at low rates in all coffee genotypes; however, another population of coffee, from Costa Rica, was more aggressive and showed RF value that ranged from 0.8 to 12.4. Results of this study point for the first time to the ability of a naturally occurring M. exigua population to overcome the resistance conferred by the Mex-1 gene.