O objetivo deste artigo é discutir os sentidos das políticas de pacificação a partir dos impactos na Baixada Fluminense no plano das sociabilidades e representações na trajetória de moradores que pertencem a uma igreja evangélica tradicional e uma associação de moradores. Argumento, a partir da pesquisa de campo, que podemos compreender a reconfiguração das práticas do Estado em suas margens e a legibilidade das políticas de controle direcionadas às populações pobres e vulneráveis, não apenas a partir das favelas cariocas e suas representações. Tomar a Baixada Fluminense em sua constituição específica, de entrelaçamento entre mercado político e violência de um lado, e em seu aspecto relacional com o Rio de Janeiro, de outro, nos leva a compreender melhor esses diferentes regimes territoriais ocasionados pelas políticas de pacificação.
The purpose of this article is to discuss the way of pacification policies from the impacts in Baixada Fluminense in terms of sociability and representations in the trajectory of residents belonging to an evangelical church and a neighborhood association. Argument from the field research, we can understand the reconfiguration of state practices in their margins and legibility of control policies directed to the poor and vulnerable, not only from the slums and their representations. Take the Baixada Fluminense from its specific constitution, the intertwining of political market and violence on one side and its relational aspect with Rio de Janeiro, on the other, may lead us to better understand these different territorial regimes caused by the pacification policies.
Cet article a pour but de discuter les directions adoptées par les politiques de pacification à partir de leurs impacts sur la Baixada Fluminense (NTR: région située au Nord de la ville de Rio de Janeiro) en termes de sociabilité et de représentations dans la trajectoire des résidents appartenant à une église évangélique traditionnelle et à une association d’habitants. L’auteur soutient, à partir de ses études sur le terrain, que l’on peut, non seulement à partir des bidonvilles de Rio et de leurs représentations, comprendre la reconfiguration de certains aspects des pratiques étatiques et la lisibilité des politiques de contrôle destinées aux populations pauvres et vulnérables. Considérer la Baixada Fluminense suivant sa propre constitution, c’est-à-dire, d’une part l’enchevêtrement entre le marché politique et la violence et, d’autre part, son aspect relationnel avec Rio de Janeiro, nous amène à mieux comprendre ces différents régimes territoriaux causés par les politiques de pacification.