CONTEXTO E OBJETIVO: Serviços de telessaúde e telemedicina estão avançando rapidamente, com um espectro cada vez maior de tecnologias da informação e comunicação que podem ser aplicadas de forma ampla para a saúde da população, bem como para a educação médica. O objetivo deste artigo é relatar a experiência da nossa instituição com 100 reuniões por videoconferência entre cinco diferentes países das Américas no período de um ano. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Estudo retrospectivo na Universidade Estadual de Campinas. MÉTODOS: Através de um banco de dados do Microsoft Excel, foram analisadas retrospectivamente todas as conferências realizadas em nossa instituição, de setembro de 2009 a agosto de 2010, em todas as especialidades. RESULTADOS: Um total de 647 alunos, médicos e professores participaram das reuniões de telemedicina. Em média, 8,3 (± 4,3) teleconferências foram realizadas mensalmente durante o período analisado. Excluindo os feriados e o mês de inauguração do anfiteatro de telemedicina, as nossas taxas de teleconferência atingiram a média de 10,3 (± 2,7), ou duas teleconferências sobre uma média semanal. Cirurgia do Trauma e reuniões sobre segurança dos pacientes foram, de longe, os temas mais comuns discutidos em nossas reuniões de teleconferência, correspondendo por 22% e 21% do total de chamadas. CONCLUSÃO: Nossa experiência com as reuniões de telemedicina aumentou o interesse dos alunos, ajudou a nossa instituição a acompanhar e discutir protocolos que já são aceitos em todo o mundo e estimulou nossos professores a promover pesquisas relacionadas à telemedicina em suas próprias especialidades, mantendo-os atualizados. Essas reuniões com envolvimento de alta tecnologia encurtaram as distâncias dentro de nosso país vasto e com outros centros de referência no exterior. Esta proximidade virtual permitiu discussões com alunos e residentes sobre estágios internacionais a fim de aumentar seu conhecimento global e melhorar a sua educação dentro da própria instituição.
CONTEXT AND OBJECTIVE: Telehealth and telemedicine services are advancing rapidly, with an increasing spectrum of information and communication technologies that can be applied broadly to the population's health, and to medical education. The aim here was to report our institution's experience from 100 videoconferencing meetings between five different countries in the Americas over a one-year period. DESIGN AND SETTING: Retrospective study at Universidade Estadual de Campinas. METHODS: Through a Microsoft Excel database, all conferences in all specialties held at our institution from September 2009 to August 2010 were analyzed retrospectively. RESULTS: A total of 647 students, physicians and professors participated in telemedicine meetings. A monthly mean of 8.3 (± 4.3) teleconferences were held over the analysis period. Excluding holidays and the month of inaugurating the telemedicine theatre, our teleconference rate reached a mean of 10.3 (± 2.7), or two teleconferences a week, on average. Trauma surgery and meetings on patient safety were by far the most common subjects discussed in our teleconference meetings, accounting for 22% and 21% of the total calls. CONCLUSION: Our experience with telemedicine meetings has increased students' interest; helped our institution to follow and discuss protocols that are already accepted worldwide; and stimulated professors to promote telemedicine-related research in their own specialties and keep up-to-date. These high-technology meetings have shortened distances in our vast country, and to other reference centers abroad. This virtual proximity has enabled discussion of international training with students and residents, to increase their overall knowledge and improve their education within this institution.