Resumen Este artículo está dedicado al concepto de conciencia, o más bien, al llamado de la conciencia, como lo esboza Heidegger en la segunda sección de Ser y tiempo. Si bien se muestra como un concepto insuperable para comprender la condición de autenticidad del Dasein, la discusión sobre la conciencia también establece la relación de Heidegger con la tradición fenomenológica de una manera más integral, como ruptura de un flujo interpretativo y sedimentación de un nuevo significado. La noción de olvido aquí ya no se aplica al problema de la historia de la metafísica en relación con la cuestión fundamental del ser, sino a la autocomprensión del Dasein como abierto a una temporalidad finita, ya que, en las empresas inherentes a la vida cotidiana, degenera en impersonalidad - a través de la cual se establece la inautenticidad. Aquí, entonces, está el horizonte interpretativo en el que se establece el problema de la conciencia en Ser y tiempo, que constituye una de las principales fuentes para el abordaje del tema en el pensamiento de Martin Heidegger.
Resumo Este artigo se dedica ao conceito de consciência, ou melhor, de chamado da consciência, tal como delineado por Heidegger na segunda seção de Ser e Tempo. Ao mesmo tempo em que se mostra como um conceito intransponível para a compreensão da condição de autenticidade do ente Dasein, a discussão sobre a consciência também estabelece a relação de Heidegger com a tradição fenomenológica de maneira mais abrangente, como ruptura de um fluxo interpretativo e sedimentação de uma nova acepção. A noção de esquecimento aqui não mais se aplica ao problema da história da metafísica em relação à pergunta fundamental pelo ser, mas à autocompreensão do Dasein como ente aberto a uma temporalidade finita, já que nos empreendimentos inerentes à vida cotidiana, esse ente degenera-se na impessoalidade, no «a-gente» - por meio do qual instaura-se a inautenticidade. Eis, pois, o horizonte interpretativo em que se instaura o problema da consciência em Ser e Tempo, que compreende uma das principais fontes para a abordagem do tema no pensamento de Martin Heidegger.
Abstract This article is dedicated to the concept of conscience, or rather, the call of conscience, as outlined by Heidegger in the second section of Being and Time. While showing itself as an insurmountable concept for understanding the authenticity condition of the Dasein, the discussion about consciousness also establishes Heidegger’s relationship with the phenomenological tradition in a more comprehensive way, as a rupture of an interpretative flow and sedimentation of a new meaning. The notion of forgetfulness here no longer applies to the problem of the history of metaphysics in relation to the fundamental question of being, but to the self-understanding of Dasein as an entity open to a finite temporality, since in the enterprises inherent in everyday life, this entity degenerates in impersonality - through which inauthenticity is established. Here, then, is the interpretive horizon in which the problem of consciousness in Being and Time is established, which comprises one of the main sources for the approach of the theme in Martin Heidegger’s thought.