Resumo Os jornais representam uma inscrição da realidade histórica e da memória coletiva de determinada época. Este artigo discute o papel das produções jornalísticas digitais na constituição e na estabilização da história do Golpe de 1964, em seus 50 anos, uma vez que as digitalizações da memória e do jornalismo trazem novas configurações para ambos. Averiguam-se as produções dos sites jornalísticos de dois veículos relevantes no período do golpe e de dois nativos digitais. Os especiais concebem, com narrativa padrão, o golpe e a ditadura militar como algo negativo e pernicioso para a história do país, com alguma complacência aos golpistas por G1 e O Estado de S. Paulo; a exceção deste de São Paulo, os outros três especiais trazem um tom didático e histórico, com cronologia, fontes e referências.
Abstract The newspapers represent an inscription of the historical reality and of the collective memory of a certain space and time. This article discusses the role of digital journalistic productions in the constitution and stabilization of the history of the Coup of 1964, in its 50 years, since the digitalization of memories and of journalism bring new configurations for both. The productions of the journalistic sites of two relevant vehicles in the period of the coup and of two digital natives are analyzed. The productions conceive, with standard narrative, the coup and military dictatorship as something negative and pernicious for the history of the country, with some complacency to the coupists by G1 and O Estado de S. Paulo; the exception of this one of São Paulo, the other three specials bring a didactic and historical tone, with chronology, sources and references.
Resumen Los periódicos representan una inscripción de la realidad histórica y de la memoria colectiva de determinada época. Este texto discute el papel de las producciones periodísticas digitales en la constitución y la estabilización de la historia del Golpe de 1964, en sus 50 años, una vez que las digitalizaciones de la memoria y del periodismo traen nuevas configuraciones para ambos. Se verifican las producciones de los sitios periodísticos de dos vehículos relevantes en el período del golpe y de dos nativos digitales. Los especiales conciben, con narrativa estándar, el golpe y la dictadura militar como algo negativo y pernicioso para la historia del país, con alguna complacencia a los golpistas por G1 y de O Estado de São Paulo; la excepción de éste de São Paulo, los otros tres especiales traen un tono didáctico e histórico, con cronología, fuentes y referencias.