Este artigo examina o(a) antropólogo(a) e sua subjetividade no trabalho de campo sobre as aparências do corpo no Rio de Janeiro. O artigo considera os diferentes papéis que a aparência e a subjetividade desempenham na produção do conhecimento e dos textos antropológicos. A pesquisa busca demonstrar como a subjetividade e a aparência física do pesquisador desempenham papeis importantes e permitem abordar premissas centrais da Antropologia, tais como: a natureza do trabalho de campo, o uso dos sentidos, a constituição da subjetividade na compreensão reflexiva, e a validade e o significado da dicotomia entre o eu e o outro. Através da análise das minhas experiências e relações sociais durante meu trabalho de campo sobre Antropologia da Aparência no Rio de Janeiro, minha intenção era mostrar como a especificidade de cada trabalho de campo obriga o antropólogo não somente a se adaptar mas, também, a repensar a própria antropologia.
This article examines at the anthropologist and his/her subjectivity in anthropological fieldwork about body appearence in Rio de Janeiro. This paper considers the many roles that the appearance and the subjectivity plays with the production of anthropological knowledge and texts.This paper tries to demonstrate how the subjectivity and the physical appearance of an anthropologist can constitute a powerful vantage point from which to call into question a number of central anthropological premises, such as the nature of fieldwork, the use of the senses, the constitution of subjectivity in reflexive understanding, and the validity and meaning of the self-other dichotomy. By examining my experiences and relationships while I was doing my fieldwork in Anthropology of the Appearance in Rio de Janeiro, my intention was to show how each fieldwork specificity obliges the anthropologist to challege perspectives and offers him the challenge of rethinking Anthropology itself.
Cet article examine l' anthropologue et sa subjectivité dans ses activités de recherche sur le terrain des apparences corporelles à Rio de Janeiro. Dans cet article, j' ai considéré les différents rôles que l' apparence physique et la subjectivité jouent dans la production des savoirs et des textes anthropologiques. Il cherche à montrer à quel point l' apparence physique et la subjectivité du chercheur jouent des rôles importants et permettent d' aborder des questions centrales en Anthropologie, comme celle de la nature du terrain, des l' usage des sens, de la constitution de la subjectivité dans la compréhension réflexive et enfin de la validité et de la signification de la dichotomie entre moi et l' Autre. En analysant mes expériences et mes relations sociales alors que je réalisais mon terrain de recherche sur la corpolatrie carioca, mon intention était de montrer à quel point la spécificité de chacun de ses terrains de recherche oblige l' anthropologue, non seulement à s' adapter mais également à repenser l' anthropologie en tant que telle.