O estudo da questão do trabalho forçado na era colonial implica, inequivocamente, a análise do sistema de violência colonial em si, como um todo sistêmico e estrutural. Com efeito, estes sistemas coloniais, na sua implementação, e apesar das reformas laborais que marcaram a evolução dos impérios coloniais a seguir à II Guerra Mundial, assentavam em filosofias que, embora aparentemente diferenciadas, tinham como objetivo primordial rentabilizar ao máximo as colônias e torná-las lucrativas em beneficio exclusivo da economia metropolitana. Nas páginas que se seguem, pretende-se examinar como o sistema colonial francês quando comparado com seu homólogo britânico, e ainda o belga, estruturou o sistema de violência que serviu de base funcional para que o trabalho forçado pudesse render e articular-se de modo eficiente com os objetivos econômicos coloniais. Neste âmbito, procuraremos analisar comparativamente a economia política da violência que caracterizou o sistema laboral nas colônias de modo geral.
The study of the issue of forced labor in colonial implies unequivocally system analysis of colonial violence itself, as a whole systemic and structural. Indeed these colonial systems, implementing, and despite labor reforms that marked the evolution of the colonial empires after the Second World War, were based on philosophies that although seemingly different, had the primary objective to best effect the colonies and make them profitable for the benefit exclusive of the metropolitan economy. In the pages that follow, we intend to examine how the French colonial system when compared with his British counterpart, and also the Belgian structured system of violence that served as a functional basis for the forced surrender and could articulate so efficient with the colonial economic goals. In this context, we seek to comparatively analyze the political economy of violence that characterized the labor system in the colonies generally.