RESUMO O objetivo deste trabalho foi estudar a influência da profundidade de semeadura e da quantidade de palha de cana-de-açúcar sobre a emergência das espécies daninhas Luffa aegyptiaca Miller (Cucurbitaceae), Mucuna aterrima Piper e Tracy (Fabaceae - Leguminosae) e Ricinus communis (Euphorbiaceae). O delineamento foi inteiramente casualizado, seguindo esquema fatorial 5 x 4 x 3 com quatro repetições, sendo estudadas cinco profundidades de semeadura (0, 2, 4, 8 e 10 cm), quatro diferentes quantidades de palha de cana-de-açúcar (0, 5, 10 e 15 t ha-1) e três períodos de avaliação (7, 14 e 21 dias após a semeadura). Imediatamente após a semeadura, foram colocadas na superfície do solo as diferentes quantidades de palha (0, 5, 10 e 15 t ha-1). A emergência das plântulas foi analisada aos 7, 14 e 21 dias após a semeadura, contando-se o número de plantas emergidas. Ao fim do ensaio, foram medidas a altura (cm), a área foliar (cm2) e a massa seca da parte aérea das plantas daninhas (g). Em relação à capacidade de emergência, as espécies estudadas apresentaram diferentes respostas em função da profundidade de semeadura e da quantidade de palha depositada na superfície do solo. Para as espécies L. aegyptiaca e M. aterrima, não se observaram diferenças significativas na interação entre as diferentes profundidades de semeadura e as quantidades de palha, o que demonstra adaptação dessas espécies ao sistema de cana crua. Já para R. communis, notou-se que, no posicionamento das sementes a 0 cm de profundidade, a presença de palha favoreceu a emergência de plântulas.
ABSTRACT This study aimed to understand the influence of sowing depth and the amount of sugarcane straw on the emergence of weed species Luffa aegyptiaca Miller (Cucurbitaceae); Mucuna aterrima Piper & Tracy (Fabaceae - Leguminosae) and Ricinus communis (Euphorbiaceae). A completely randomized design with a 5 x 4 x 3 factorial layout with four replications was used, at five sowing depths (0, 2, 4, 8 and 10 cm), four different amounts of sugarcane straw (0, 5, 10 and 15 t ha-1) and three different evaluation periods (7, 14 and 21 days after sowing). After sowing, different amounts of sugarcane straw (0, 5, 10 and 15 t ha-1) were deposited on soil. Seedling emergence was analyzed at 7, 14 and 21 days after sowing, counting the number of seedlings that had emerged. At the end of the trial, weed height (cm), leaf area (cm2) and shoot dry mass (g) were measured. In relation to emergence ability, studied species presented different responses according to sowing depth and to the amount of sugarcane straw deposited on the soil. For the L.aegyptiacaand M.aterrima, no significant difference was observed in the interaction between depth and sugarcane straw, showing the adaptation of these species to no-burn sugarcane system. For R.communis, seeds placed at 0 cm of sugar cane straw depth were observed to favor the emergence of seedlings.