Este artigo examina as microgeografias cotidianas no Parque Central e na Praça da Cultura, duas praças localizadas no centro da cidade de São José, Costa Rica. Estas localidades são criadas por atributos temporais e espaciais individuais dos usuários da praça cujas atividades e movimentos diários define este espaço. As crescentes diferenças destes locais em termos de seus usuários, classes, gêneros e idade, bem como de suas correspondentes atividades sociais, são reforçadas pelas diferenças das interpretações locais do conceito de cultura. Estas diferenças sociais, comportamentais e ideológicas criaram limites espaciais de tal maneira que as pessoas não cruzam de um local para outro; os usuários não se justapõem, e suas representações de vida cultural expressam a competição e a exclusão. Baseada em evidência etnográfica, sugiro que esta diferenciação é uma representação espacial construída que simboliza a natureza cambiante da ideologia e da cultura costarriquenha. As imagens contrastantes e freqüentemente conflitivas das duas praças refletem importantes diferenças de orientação de classe, identificação de gênero e valores geracionais que separam os costarriquenhos contemporâneos do ponto de vista social e político. Em São José, Costa Rica, a cultura aparece com freqüência nos discursos como um valor do passado, um ideal cultural desejado, mas que entra em conflito com aspectos da vida moderna. Para discutir como a cultura permanece como um tema cultural na praça urbana, o cotidiano e os comportamentos sociais no Parque Central e na Praça da Cultura são comparados. Nesta comparação, tempo, espaço e atividade social mudam o significado e a interpretação de cultura, reforçando as metáforas contrastantes que vão expressas no desenho físico de cada um.
This article examines the microgeographies of everyday life in Parque Central and Plaza de la Cultura, two plazas located in the central city of San José, Costa Rica. These locales are created by the individual temporal and spatial attributes of plaza users whose daily movements and activities define these spaces. The growing differences of these locales in terms of the users' class, gender, and age, and their corresponding social activities, is reinforced by differences in local interpretations of the concept of cultura. These social, behavioral, and ideological differences have created spatial boundaries such that people do not cross from one locale to the other, the users do not overlap, and their representations of cultural life are seen as competitive and mutually exclusive. Based on ethnographic evidence, I suggest that this differentiation is a constructed spatial representation that symbolizes the changing nature of Costa Rican ideology and culture. The contrasting and often conflicting images of the two plazas reflect important differences in class-orientation, gender participation, and generational values that separate contemporary Costa Ricans socially, and politically. In San José, Costa Rica, cultura is often discussed as a value from the past, a cultural ideal that is desired, but that conflicts with aspects of modern life. In order to discuss how cultura remains a cultural theme in the urban plaza the everyday life and social behaviors of Parque Central and Plaza de la Cultura are compared. In this comparison time, space, and social activity change the meaning and interpretation of cultura reinforcing the contrasting metaphors expressed in the physical design of each.