Resumo: As experiências de rua são assumidas de maneira diferente por aqueles que moram nela, um espaço onde há uma leitura violenta do feminino. A partir de uma perspectiva de gênero, este artigo busca visibilizar as construções de corpos femininos e feminizados em Bogotá, situadas num grupo de meninas e jovens entre 14 e 28 anos, com quem trabalhamos com base numa etnografia institucional realizada entre 2012 e 2014, apoiada por oficinas com uma abordagem biográfica, utilizando escrita, som e fotografia, além das cartografias corporais. As contribuições desta pesquisa permitem localizar novas discussões diante das experiências de gênero na rua e refletir sobre as apostas metodológicas quando se propõem pesquisas com população em situação de rua como um ato de politização do cotidiano dos corpos de rua.
Abstract: Street experiences are assumed in a different way by those who live on the streets, a space where a violent reading of the feminine is practiced. From a gender perspective, this article aims to make visible the constructions of the feminine and feminized bodies in Bogotá, recognizing the experiences of a group of girls and young women between 14 and 28 years old, with whom we worked based on an institutional ethnography carried out between 2012 and 2014, based on workshops focusing on their biographies through writing, sound and photography, as well as body mapping. The contributions of this research allow us to locate new discussions in the face of the experiences generated on the streets, and to reflect on methodological bets when promoting research with the ones living on the streets to vindicate their rights as political subjects in their daily lives.
Resumen: Las experiencias callejeras se asumen de manera diferenciada por quienes viven en la calle, espacio donde se ejerce una lectura violenta de lo femenino. Desde un enfoque de género, este artículo pretende visibilizar las construcciones de los cuerpos femeninos y feminizados en Bogotá, situadas en un grupo de niñas y jóvenes entre 14 y 28 años, con quienes se trabajó a partir de una etnografía institucional realizada entre 2012 y 2014, apoyada por talleres con enfoque biográfico, usando la escritura, el sonido y la fotografía, así como las cartografías corporales. Los aportes de esta investigación permiten ubicar nuevas discusiones frente a las experiencias generizadas en la calle, y reflexionar sobre apuestas metodológicas cuando se promueven investigaciones con población en situación de calle como un acto de politización de las cotidianidades de los cuerpos callejeros.