A discussão dos paradigmas que regem a produção de conhecimento na administração, cuja característica é lidar com objetos e conceitos de elevada complexidade, mostra evidências de que muitos de seus debatedores perdem partes significativas da questão, por se dedicarem à defesa de um paradigma em particular. Tendo por base a seguinte questão-problema: As limitações epistemológicas intrínsecas dos paradigmas empregados na pesquisa em Administração admitem discussões polarizadas, ou o problema possui complexidade maior do que a sustentada pelas visões isoladas de cada paradigma? O objetivo deste ensaio teórico é ressaltar que os paradigmas se complementam e que nenhum pode ser abandonado em função de sua incompletude. O foco difere das apologias ao paradigma positivista, como se observa em Donaldson (1997) e Alvesson (1995), ou nas contraposições dicotômicas e excludentes, como no trabalho de Tadajewski (2009). Os paradigmas positivista, interpretativo e crítico são expostos e contrastados com analogias da Física, nas limitações impostas ao conhecimento pelos estudos recentes da Linguística, dos Hipercubos de Data Mining, e dos estudos de fenômenos emergentes em Sistemas Complexos. O enfoque geral é a exploração de um vazio ontológico, materializado pelas discussões excludentes sobre os paradigmas.
Discussion of paradigms governing the production of knowledge in administration, whose characteristics deal with objects and concepts of high complexity, shows evidence that many of its panelists lose significant parts of the question by engaging in the defense of one particular paradigm. Taking the question - Do the limitations inherent to the epistemological paradigm employed in Administration research issues permit polarized discussions, or is the problem more complex than what is sustained by isolated visions of each paradigm? - as a basis, the aim of this essay is to show that the theoretical paradigms complement each other and that none of these can be abandoned because of their incompleteness. The focus differs from the positivist paradigm superiority, as noted in Donaldson (1997) and Alvesson (1995), or from dichotomous contrasts and exclusive oppositions, as in the work of Tadajewski (2009). The positivist, interpretative, and critical paradigms are explained and contrasted with analogies with Physics, the limitations imposed by the knowledge provided by the latest Linguistics studies, Hypercubes that mark the Data Mining technique, and studies of emerging phenomena in complex systems. The general approach is the exploration of an ontological gap created by exclusionary debates concerning paradigms.