Resumo O Projeto de Irrigação Várzeas de Sousa - PIVAS, localizado no alto sertão da Paraíba é considerado um dos novos espaços produtivos regionais. Idealizado pelo Governo Federal na década de 1950, somente em 1998 o projeto toma forma e, a partir de 2007, tem início a produção de grãos e de fruticultura irrigada para a exportação. O novo modelo produtivo implantado na área, contudo, provocou a expropriação e expulsão de centenas de famílias camponesas de suas terras, o que tem gerado uma conflitualidade manifesta, promovida por essa classe que luta contra o agronegócio e contra o modelo capitalista de produção. Com base nas transformações que se operam naquele espaço, este artigo procura analisar a luta camponesa para seu retorno a terra, suas formas de articulação e estratégias utilizadas para superar as adversidades cotidianas, bem como a tentativa de manutenção de suas raízes e do modo de vida camponês.
Abstract The Várzeas de Sousa Irrigation Project - PIVAS, located in the upper sertão of Paraiba State is considered one of the new regional productive spaces. Conceived by the Federal Government in the 1950s, the project only began to take shape in 1998 and since 2007 it has been producing irrigated grain and horticulture for export. However, the new production model installed in the area, has led to the expulsion and dispossession of hundreds of peasant families from their land, which has generated a manifest conflict, waged by the struggle of this class against agribusiness and the capitalist model of production. Based on the transformations operating in that space, this article analyzes the peasants' struggle to return to their land, their forms of articulation and the strategies they use to overcome daily adversity, as well as attempting to maintain their roots and the peasant way of life.
Resumen El Proyecto de Riego Humedales de Sousa - PIVAS, que se encuentra en el interior de Paraíba se considera una producción regional de nuevos espacios. Concebido por el Gobierno Federal en la década de 1950, sólo en 1998, el proyecto va tomando forma y, desde 2007, se ha iniciado la producción de cereales y la horticultura de regadío para la exportación. El nuevo modelo de producción desplegados en la zona, sin embargo, llevó a la expulsión y desposesión de cientos de familias campesinas de sus tierras, lo que ha generado un conflicto manifiesto, promovido por la lucha de clases contra los agronegocios y contra el modelo capitalista. Basado en las transformaciones que se operan en ese espacio, este artículo analiza la lucha campesina por su regreso a la tierra, sus formas de articulación y estrategias utilizadas para superar la adversidad diarias, así como tratar de mantener sus raíces y la forma de vida campesina.