OBJETIVO Identificar fatores de risco independentes para a não amamentação na primeira hora de vida. MÉTODOS Revisão sistemática nas bases de dados Medline, Lilacs, Scopus e Web of Science, sem restrição de idioma ou período de publicação, até 30 de agosto de 2013. Foram incluídos estudos que utilizaram modelos de regressão e forneceram medidas de associação ajustadas. Foram excluídos artigos que não especificaram o modelo de regressão utilizado ou que abordaram populações específicas quanto à faixa etária ou presença de morbidade. RESULTADOS Foram identificados 155 artigos, dos quais 18 preencheram os critérios de inclusão. Foram realizados na Ásia (nove), África (cinco) e América do Sul (quatro) entre 1999 e 2010. A prevalência da amamentação na primeira hora de vida variou de 11,4%, em uma província da Arábia Saudita, a 83,3% no Sri Lanka. A cesariana foi o fator de risco mais consistente para a não amamentação na primeira hora de vida. “Baixa renda familiar”, “idade materna menor que 25 anos”, “baixa escolaridade materna”, “ausência de consultas pré-natais”, “parto domiciliar”, “falta de orientação sobre amamentação no pré-natal” e “prematuridade” foram fatores de risco identificados em pelo menos dois estudos. CONCLUSÕES Além de rotinas hospitalares, indicadores associados a pior nível socioeconômico e menor acesso a serviços de saúde foram também identificados como fatores de risco independentes para a não amamentação na primeira hora de vida. Políticas de promoção da amamentação, adequadas a cada contexto, devem ter como meta a redução das desigualdades em saúde.

OBJECTIVE To identify independent risk factors for non-breastfeeding within the first hour of life. METHODS A systematic review of Medline, LILACS, Scopus, and Web of Science electronic databases, till August 30, 2013, was performed without restrictions on language or date of publishing. Studies that used regression models and provided adjusted measures of association were included. Studies in which the regression model was not specified or those based on specific populations regarding age or the presence of morbidities were excluded. RESULTS The search resulted in 155 articles, from which 18 met the inclusion criteria. These were conducted in Asia (9), Africa (5), and South America (4), between 1999 and 2013. The prevalence of breastfeeding within the first hour of life ranged from 11.4%, in a province of Saudi Arabia, to 83.3% in Sri Lanka. Cesarean delivery was the most consistent risk factor for non-breastfeeding within the first hour of life. “Low family income”, “maternal age less than 25 years”, “low maternal education”, “no prenatal visit”, “home delivery”, “no prenatal guidance on breastfeeding” and “preterm birth” were reported as risk factors in at least two studies. CONCLUSIONS Besides the hospital routines, indicators for low socioeconomic status and poor access to health services were also identified as independent risk factors for non-breastfeeding within the first hour of life. Policies to promote breastfeeding, appropriate to each context, should aim to reduce inequalities in health.

OBJETIVO Identificar fatores de risco independentes para a não amamentação na primeira hora de vida.MÉTODOS Revisão sistemática nas bases de dados Medline, Lilacs, Scopus e Web of Science, sem restrição de idioma ou período de publicação, até 30 de agosto de 2013. Foram incluídos estudos que utilizaram modelos de regressão e forneceram medidas de associação ajustadas. Foram excluídos artigos que não especificaram o modelo de regressão utilizado ou que abordaram populações específicas quanto à faixa etária ou presença de morbidade.RESULTADOS Foram identificados 155 artigos, dos quais 18 preencheram os critérios de inclusão. Foram realizados na Ásia (nove), África (cinco) e América do Sul (quatro) entre 1999 e 2010. A prevalência da amamentação na primeira hora de vida variou de 11,4%, em uma província da Arábia Saudita, a 83,3% no Sri Lanka. A cesariana foi o fator de risco mais consistente para a não amamentação na primeira hora de vida. “Baixa renda familiar”, “idade materna menor que 25 anos”, “baixa escolaridade materna”, “ausência de consultas pré-natais”, “parto domiciliar”, “falta de orientação sobre amamentação no pré-natal” e “prematuridade” foram fatores de risco identificados em pelo menos dois estudos.CONCLUSÕES Além de rotinas hospitalares, indicadores associados a pior nível socioeconômico e menor acesso a serviços de saúde foram também identificados como fatores de risco independentes para a não amamentação na primeira hora de vida. Políticas de promoção da amamentação, adequadas a cada contexto, devem ter como meta a redução das desigualdades em saúde.

OBJECTIVE To identify independent risk factors for non-breastfeeding within the first hour of life.METHODS A systematic review of Medline, LILACS, Scopus, and Web of Science electronic databases, till August 30, 2013, was performed without restrictions on language or date of publishing. Studies that used regression models and provided adjusted measures of association were included. Studies in which the regression model was not specified or those based on specific populations regarding age or the presence of morbidities were excluded.RESULTS The search resulted in 155 articles, from which 18 met the inclusion criteria. These were conducted in Asia (9), Africa (5), and South America (4), between 1999 and 2013. The prevalence of breastfeeding within the first hour of life ranged from 11.4%, in a province of Saudi Arabia, to 83.3% in Sri Lanka. Cesarean delivery was the most consistent risk factor for non-breastfeeding within the first hour of life. “Low family income”, “maternal age less than 25 years”, “low maternal education”, “no prenatal visit”, “home delivery”, “no prenatal guidance on breastfeeding” and “preterm birth” were reported as risk factors in at least two studies.CONCLUSIONS Besides the hospital routines, indicators for low socioeconomic status and poor access to health services were also identified as independent risk factors for non-breastfeeding within the first hour of life. Policies to promote breastfeeding, appropriate to each context, should aim to reduce inequalities in health.

OBJETIVO: Identificar incidência e preditores incidência da primeira gestação entre mulheres com HIV/Aids. MÉTODOS: Estudo prospectivo de coorte conduzido entre 1996 e 2003 no Rio de Janeiro, RJ, com 225 mulheres acompanhadas até a primeira gestação ou até o primeiro evento considerado censura (histerectomia, ligadura tubárea, menopausa, 50 anos de idade, perda de acompanhamento, óbito ou final de dezembro de 2003). Taxas de incidência de gestação e de aborto foram estimadas e modelos de riscos proporcionais de Cox foram usados para identificar as características da visita de inclusão associadas com o risco de gestação. RESULTADOS: As mulheres foram acompanhadas por 565 pessoas/ano, com média de acompanhamento de 3 anos por mulher. A idade média foi de 32 anos (DP: 7) e 54,7% eram brancas. Sessenta gestações foram observadas em 39 mulheres e 18 resultaram em abortos induzidos (taxas de incidência de 6,9% e 2,1% mulheres/ano, respectivamente). Gestações repetidas ocorreram em 33,3% das mulheres (13/39). Maior risco de gestação foi observado entre mulheres jovens (HR = 3,42; IC95%:1,69;6,95) e entre aquelas vivendo com seus parceiros (HR = 1,89; IC95%:1,00;3,57). Menor risco de gestação esteve associado à maior escolaridade (HR = 0,43; IC95%:0,19;0,99) e ao uso de terapia anti-retroviral (HR = 0,61; IC95%:0,31;1,17). CONCLUSÕES: A incidência de gestação na coorte foi menor se comparada àquela observada na população geral. Características sociodemográficas devem ser consideradas no manejo dos desejos reprodutivos de mulheres HIV-positivas em idade reprodutiva. Os programas de HIV/Aids devem incluir aconselhamento reprodutivo e contraceptivo para prevenir a transmissão do HIV para seus parceiros e prole.

OBJECTIVE: To assess incidence and predictors of first pregnancy among women with HIV/AIDS. METHODS: Prospective cohort study was conducted in Rio de Janeiro, southeastern Brazil, between 1996 and 2003. This study comprised 225 women with HIV/AIDS followed up until their first pregnancy or first censored event (hysterectomy, tubal ligation, menopause, 50 years of age, loss to follow-up, death or the end of December 2003). Pregnancy and abortion rates were estimated, and Cox proportional hazards models were used to identify baseline characteristics associated with pregnancy risk. RESULTS: The women were followed up for 565 person/years with a median follow-up of 3 years per women. The mean age was 32 years (SD: 7), and 54.7% were white. There were 60 pregnancies in 39 women, and 18 were terminated (induced abortions), accounting for a rate of 6.9% and 2.1% women/year, respectively. Repeated pregnancies occurred in 33.3% of the women (13/39). Higher pregnancy risk was seen among younger women (HR=3.42; 95%CI: 1.69;6.95) and those living with their partners (HR=1.89; 95%CI: 1.00;3.57). Lower pregnancy risk was associated with higher education level (HR=0.43; 95%CI: 0.19;0.99) and use of antiretroviral therapy (HR=061; 95%CI: 0.31;1.17). CONCLUSIONS: Lower pregnancy rates were found in our cohort than in the general population. Sociodemographic characteristics should be taken into consideration in the management of reproductive health in HIV-positive childbearing age women. Reproductive and family planning counseling must be incorporated into HIV/AIDS programs for women to help preventing HIV transmission to their partners and offspring.

OBJETIVO: Identificar incidencia y predictores de la primera gestación entre mujeres con VIH/Sida. MÉTODOS: Estudio prospectivo de cohorte conducido en Rio de Janeiro, Sureste de Brasil, entre 1996 y 2003. El estudio incluyó 225 mujeres acompañadas hasta la primera gestación o hasta el primer evento considerado censura (histerectomía, ligadura tubárica, menopausia, 50 años de edad, pérdida de acompañamiento, óbito o final de diciembre de 2003). Se estimaron las tasas de incidencia de gestación y de aborto, y se usaron modelos de riesgos proporcionales de Cox para identificar las características de la visita de inclusión asociadas con el riesgo de gestación. RESULTADOS: Las mujeres fueron acompañadas por 565 persona/años, con promedio de acompañamiento de 3 años por mujer. La edad promedio fue de 32 años (DP:7), y 54,7% eran blancas. Sesenta gestaciones fueron observadas en 39 mujeres y 18 resultaron en abortos inducidos (tasas de incidencia de 6,9% y 2,1% mujeres/año, respectivamente). Las gestaciones repetidas ocurrieron en 33,3% de las mujeres (13/39). Fue observado el mayor riesgo de gestación entre mujeres jóvenes (HR=3,42; IC 95%:1,69;6,95) y entre aquellas que vivían con sus parejas (HR=1,89; IC 95%: 1,00;3,57). El menor riesgo de gestación estuvo asociado a la mayor escolaridad (HR=0,43; IC95%:0,19;0,99) y al uso de terapia antirretroviral (HR=0,61; IC95%:0,31;1,17). CONCLUSIONES: La incidencia de gestación en la cohorte fue menor al compararse con aquella observada en la población general. Características sociodemográficas deben ser consideradas en el manejo de los deseos reproductivos de mujeres VIH-positivas en edad reproductiva. Los programas de VIH/SIDA deben incluir consejos reproductivos y contraceptivos para prevenir la transmisión del VIH para sus parejas y prole.

OBJETIVO: Identificar incidência e preditores incidência da primeira gestação entre mulheres com HIV/Aids. MÉTODOS: Estudo prospectivo de coorte conduzido entre 1996 e 2003 no Rio de Janeiro, RJ, com 225 mulheres acompanhadas até a primeira gestação ou até o primeiro evento considerado censura (histerectomia, ligadura tubárea, menopausa, 50 anos de idade, perda de acompanhamento, óbito ou final de dezembro de 2003). Taxas de incidência de gestação e de aborto foram estimadas e modelos de riscos proporcionais de Cox foram usados para identificar as características da visita de inclusão associadas com o risco de gestação. RESULTADOS: As mulheres foram acompanhadas por 565 pessoas/ano, com média de acompanhamento de 3 anos por mulher. A idade média foi de 32 anos (DP: 7) e 54,7% eram brancas. Sessenta gestações foram observadas em 39 mulheres e 18 resultaram em abortos induzidos (taxas de incidência de 6,9% e 2,1% mulheres/ano, respectivamente). Gestações repetidas ocorreram em 33,3% das mulheres (13/39). Maior risco de gestação foi observado entre mulheres jovens (HR = 3,42; IC95%:1,69;6,95) e entre aquelas vivendo com seus parceiros (HR = 1,89; IC95%:1,00;3,57). Menor risco de gestação esteve associado à maior escolaridade (HR = 0,43; IC95%:0,19;0,99) e ao uso de terapia anti-retroviral (HR = 0,61; IC95%:0,31;1,17). CONCLUSÕES: A incidência de gestação na coorte foi menor se comparada àquela observada na população geral. Características sociodemográficas devem ser consideradas no manejo dos desejos reprodutivos de mulheres HIV-positivas em idade reprodutiva. Os programas de HIV/Aids devem incluir aconselhamento reprodutivo e contraceptivo para prevenir a transmissão do HIV para seus parceiros e prole.

OBJECTIVE: To assess incidence and predictors of first pregnancy among women with HIV/AIDS. METHODS: Prospective cohort study was conducted in Rio de Janeiro, southeastern Brazil, between 1996 and 2003. This study comprised 225 women with HIV/AIDS followed up until their first pregnancy or first censored event (hysterectomy, tubal ligation, menopause, 50 years of age, loss to follow-up, death or the end of December 2003). Pregnancy and abortion rates were estimated, and Cox proportional hazards models were used to identify baseline characteristics associated with pregnancy risk. RESULTS: The women were followed up for 565 person/years with a median follow-up of 3 years per women. The mean age was 32 years (SD: 7), and 54.7% were white. There were 60 pregnancies in 39 women, and 18 were terminated (induced abortions), accounting for a rate of 6.9% and 2.1% women/year, respectively. Repeated pregnancies occurred in 33.3% of the women (13/39). Higher pregnancy risk was seen among younger women (HR=3.42; 95%CI: 1.69;6.95) and those living with their partners (HR=1.89; 95%CI: 1.00;3.57). Lower pregnancy risk was associated with higher education level (HR=0.43; 95%CI: 0.19;0.99) and use of antiretroviral therapy (HR=061; 95%CI: 0.31;1.17). CONCLUSIONS: Lower pregnancy rates were found in our cohort than in the general population. Sociodemographic characteristics should be taken into consideration in the management of reproductive health in HIV-positive childbearing age women. Reproductive and family planning counseling must be incorporated into HIV/AIDS programs for women to help preventing HIV transmission to their partners and offspring.

OBJETIVO: Identificar incidencia y predictores de la primera gestación entre mujeres con VIH/Sida. MÉTODOS: Estudio prospectivo de cohorte conducido en Rio de Janeiro, Sureste de Brasil, entre 1996 y 2003. El estudio incluyó 225 mujeres acompañadas hasta la primera gestación o hasta el primer evento considerado censura (histerectomía, ligadura tubárica, menopausia, 50 años de edad, pérdida de acompañamiento, óbito o final de diciembre de 2003). Se estimaron las tasas de incidencia de gestación y de aborto, y se usaron modelos de riesgos proporcionales de Cox para identificar las características de la visita de inclusión asociadas con el riesgo de gestación. RESULTADOS: Las mujeres fueron acompañadas por 565 persona/años, con promedio de acompañamiento de 3 años por mujer. La edad promedio fue de 32 años (DP:7), y 54,7% eran blancas. Sesenta gestaciones fueron observadas en 39 mujeres y 18 resultaron en abortos inducidos (tasas de incidencia de 6,9% y 2,1% mujeres/año, respectivamente). Las gestaciones repetidas ocurrieron en 33,3% de las mujeres (13/39). Fue observado el mayor riesgo de gestación entre mujeres jóvenes (HR=3,42; IC 95%:1,69;6,95) y entre aquellas que vivían con sus parejas (HR=1,89; IC 95%: 1,00;3,57). El menor riesgo de gestación estuvo asociado a la mayor escolaridad (HR=0,43; IC95%:0,19;0,99) y al uso de terapia antirretroviral (HR=0,61; IC95%:0,31;1,17). CONCLUSIONES: La incidencia de gestación en la cohorte fue menor al compararse con aquella observada en la población general. Características sociodemográficas deben ser consideradas en el manejo de los deseos reproductivos de mujeres VIH-positivas en edad reproductiva. Los programas de VIH/SIDA deben incluir consejos reproductivos y contraceptivos para prevenir la transmisión del VIH para sus parejas y prole.

INTRODUCTION: Smoking is one of the main risk factors for morbidity and mortality. An estimated 59 million (4.4%) disability-adjusted life years were lost due to smoking throughout the world in 2000. OBJECTIVE: To estimate the disease burden attributable to smoking in the State of Rio de Janeiro, Brazil, for the year 2000. METHODS: Based on estimates of smoking prevalence and relative death risks, the smoking-attributable fraction was calculated for each selected cause, by age and gender. The disease burden attributable to smoking was estimated by multiplying the fractions by the corresponding disability-adjusted life years. RESULTS: In the State of Rio de Janeiro, 7% of all disability-adjusted life years were due to smoking. For individuals 30 or more years old, the fraction increased to 10.6% (13.6% in males and 7.5% in females). Chronic obstructive pulmonary disease, ischemic heart disease, cerebrovascular disease, and tracheal, bronchial, and lung cancer accounted for 32.2%, 15.7%, 13.2%, and 11.1% of the estimated total DALYs, respectively, amounting to 72.2% of the smoking-attributable disease burden. DISCUSSION: Limitations related to parameter estimates were not unique to this study, and therefore should not compromise the comparability of our results. Outcomes were similar to those obtained in other countries, despite methodological differences. CONCLUSION: Smoking is an important risk factor and places a significant disease burden on Rio de Janeiro, Brazil, showing a pattern similar to that observed in high income countries.