Objetivo: Avaliar os resultados e complicações da injeção subconjuntival de bevacizumabe em pacientes com pterígio recidivado. Métodos: Série de casos prospectiva envolvendo pacientes submetidos à exérese de pterígio que foram diagnosticados com pterígio recidivado. Todos pacientes receberam uma aplicação subconjuntival 0,5 ml de bevacizumabe (2,5 mg/0,1 ml). O principal resultado foi a mudança no tamanho dos pterígios. A aparência clínica do pterígio foi graduada de acordo com os critérios de Tan et al. O tamanho horizontal do pterígio (do limbo ao ápice) foi observado até 60 dias semanas após a injeção. Os efeitos adversos e as complicações do tratamento foram descritos. Resultados: Foram incluídos 36 olhos de 36 pacientes (18 masculinos) com média de idade de 58,75 ± 10,98 anos. 30,6% dos pacientes tinham pterígio recidivado em ambos os olhos (apenas o pior olho foi tratado), 47,2% no olho esquerdo e 22,2% no olho direito. Mais da metade dos pacientes (58,3%) possuíam história familiar de pterígio. Houve uma diferença estatisticamente significante no tamanho do pterígio em diferentes intervalos (P<0,05). 66,7% dos pacientes apresentaram hemorragia subconjuntival no segundo dia após a aplicação, diminuindo para 30,6% no sétimo dia e nenhum paciente após um mês. A maioria dos pacientes (69,4%) teve melhora dos sintomas irritativos após dois dias, 88,9% após 7 dias e 97,2% após um mês. Conclusão: A injeção subconjuntival de bevacizumabe é uma alternativa válida na condução de pacientes com pterígio recidivado, não apresentando efeitos locais e sistêmicos significantes.
Purpose: To evaluate the clinical outcome(s) and complication(s) of subconjunctival bevacizumab treatment in patients with recurrent pterygium. Methods: This prospective case series included patients who had undergone pterygium surgery and were diagnosed with recurrent pterygium. All patients received one subconjunctival injection of 0.5 mL of bevacizumab (2.5 mg/0.1 mL). The main outcome was the change in size and clinical appearance. The clinical appearance of the pterygium was graded according to Tan and colleagues. The horizontal size of the pterygium (from limbus to apex) was recorded from baseline to 2 months after injection. Treatment-related complications and adverse events were reported. Results: We included 36 eyes of 36 patients (18 males) with a mean age of 58.75 ± 10.98 years. Totally, 30.6% patients developed recurrent pterygium in both eyes (only the worst eye was treated), with 47.2% developing it in the left eye and 22.2% in the right eye. More than half the patients (58.3%) had a family history of pterygium. There was a significant difference in the size of pterygium at different intervals (P<0.05). Approximately two-thirds (66.7%) of patients presented with hyposphagma on the 2nd day after subconjunctival application; this value decreased to 30.6% by day 7 and to 0% at 1 month. Most patients (69.4%) exhibited amelioration of irritative symptoms within 2 days, 88.9% after 7 days, and 97.2% after 1 month. Conclusions: Subconjunctival bevacizumab injection is useful for the management of patients with recurrent pterygium, with no significant local or systemic adverse effects.