Resumo Na epistemologia da ciência administrativa, uma das muitas dimensões importantes é a das diferentes subáreas do estudo de administração. Talvez a maior e mais longa batalha entre essas subáreas seja a travada entre a administração pública e a empresarial. É uma controvérsia que remonta os estudos de Adam Smith, em que o papel do ‘Soberano’ (governo, ou administração pública) é limitado especificamente a justiça, defesa e obras públicas. Ao limitar a ação do governo a essas três áreas, Smith implicitamente as considerou como falhas de mercado, ou falhas da “mão invisível”, isto é, áreas em que a busca pelo auto-interesse não resulta no bem da sociedade (que é a justificativa moral identificada por Smith para a troca de mercado). As discussões atuais sobre os papéis do mercado e do Estado são geralmente estruturadas em termos do papel do Estado, com a oferta do mercado como opção padrão. Neste artigo argumentamos que até as discussões sobre o papel do Estado podem ser melhor avaliadas através do conceito de falha de mercado. Os nove tipos mais abrangentes de falha de mercado discutidos incluem instituições, bens públicos, monopólio, informação assimétrica, externalidades, questões substantivas, problemas principal-agente, irracionalidade e as implicações da “destruição criativa”.
Abstract In the epistemology of administrative science, one of many important dimensions has been the different subfields of the study of administration. Perhaps the biggest, longest running ‘turf’ battle between these different areas of administrative knowledge is that between public and business administration. This is a controversy that goes back at least to Adam Smith, with his specific limitation of the role of ‘the sovereign’ (government, or public administration) to justice, defense, and public works. In limiting government to these areas, note that Smith was also implicitly asserting that these were market, or ‘invisible hand’ failures: areas where the pursuit of self-interest would not yield the good of society, the specific moral justification Smith identified for market exchange. Contemporary discussions of the relative role of market and state are generally framed in terms of the role of the State, with market provision the default option. We will argue that even discussions of the role of the State can best be assessed through the concept of market failure. The nine broad types of market failure discussed include institutions, public goods, monopoly, asymmetric information, externalities, substantive issues, principal/agent problems, irrationality, and the implications of ‘creative destruction’.
Resumen En la epistemología de la ciencia administrativa, unas de las muchas dimensiones importantes han sido los diferentes subcampos del estudio de la administración. Quizás la más grande y larga batalla entre estas diferentes áreas del conocimiento administrativo, es la que existe entre la administración pública y la empresarial. Esta es una controversia que se remonta, por lo menos, a Adam Smith, con su limitación específica del papel del “soberano” (Gobierno, o administración pública) a la justicia, defensa y obras públicas. Al limitar al gobierno a estas áreas, nótese que Smith también afirmaba implícitamente que se trataba de fallas del mercado, o de manos invisibles: áreas donde la búsqueda del interés propio no resultaría en el bien de la sociedad, que es la justificación moral específica que Smith identificó para el intercambio de mercado. Las discusiones contemporáneas sobre el rol relativo del mercado y del Estado generalmente se estructuran a los efectos de justificar el rol del Estado, con la provisión del mercado como la opción predeterminada. Argumentamos que las discusiones sobre el papel del Estado se pueden evaluar mejor a través del concepto de falla del mercado. Los nueve tipos generales de fallas de mercado discutidos incluyen instituciones, bienes públicos, monopolio, información asimétrica, externalidades, cuestiones sustantivas, problemas de principal/agente, irracionalidad, y las implicaciones de la “destrucción creativa”.