JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Há uma preocupação crescente das instituições de saúde com a satisfação do paciente no seu atendimento. O objetivo deste estudo foi avaliar a satisfação dos pacientes em pós-operatório, em hospital de médio porte quanto ao controle da dor, após implantar o conceito dor como quinto sinal vital, vista a importância do tema e a escassez de estudos prospectivos sobre o assunto. MÉTODO: Ensaio clínico aleatório aberto. Os pacientes em pós-operatório foram divididos em dois grupos. No grupo com intervenção, as escalas de dor foram disponibilizadas para a equipe assistencial e informadas verbalmente no momento da aplicação. Já no grupo sem intervenção, as escalas de dor não estiveram disponíveis. Foram então avaliadas as medidas de satisfação uma vez ao dia até, no máximo, o quinto dia de pós-operatório. RESULTADOS: Ocorreu predomínio do sexo feminino (83,5%) e a média de idade da amostra foi de 36,7 anos. A maioria das cirurgias foi cesariana (57,1%). Os pacientes referiram dor em 75,6% das medições e a consideraram de moderada a intensa em 23% das medições. Quanto ao grau de satisfação, a maioria (54%) considerou ótimo o controle álgico. Comparando os grupos, não houve diferença significativa quanto ao grau de satisfação. CONCLUSÃO: Observou-se que não houve diferença na satisfação dos pacientes quando colocada em prática a dor como quinto sinal vital. O estudo sugere que vários componentes contribuem para a satisfação do paciente, embora tenha sido avaliado apenas o aspecto fisiológico da dor.
BACKGROUND AND OBJECTIVES: There is an increasing concern of health institutions with patients' satisfaction. This study aimed at evaluating patients' satisfaction in the postoperative period of a medium-sized hospital in terms of controlling pain and implementing the concept of pain as the fifth vital sign, faced to the importance of the theme and the scarcity of prospective studies on the subject. METHOD: Open randomized clinical trial. Postoperative patients were divided in two groups. In the group with intervention, pain scales were made available to the assisting team and verbally informed when applied. For the group with no intervention, there were no pain scales. Satisfaction measurements were evaluated once a day until, at the utmost, the fifth postoperative day. RESULTS: There has been predominance of females (83.5%) and mean sample age was 36.7 years. Most surgeries were C-sections (57.1%). Patients referred pain in 75.6% of measurements and considered it from moderate to severe in 23% of measurements. As to satisfaction, most (54%) have considered pain control excellent. In comparing groups there has been no significant difference in the level of satisfaction. CONCLUSION: There has been no difference in patients' satisfaction when pain as the fifth vital sign was implemented. The study suggests that several components contribute to patients' satisfaction, although we have just evaluated the physiological aspect of pain.