Estudou-se a atividade de inibição da alimentação de extratos de folhas, ramos, flores e frutos de Melia azedarach (L.); a atividade de resposta para doses do extrato mais ativo e os efeitos da luz do sol na persistência da atividade para adultos de Diabrotica speciosa (Genn.). A eficiência dos extratos foi determinada avaliando-se o consumo foliar. A deterrência da alimentação foi constatada para extratos de ramos, frutos e folhas. Os extratos de flores e frutos foram os mais eficientes. Extratos de ramos tiveram atividade intermediária. O extrato mais ativo (flores) foi pulverizado nas concentrações de 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7 g/100 ml. A alimentação de D. speciosa em folhas de feijoeiro decresceu significativamente com concentrações crescentes de extratos de flores, respondendo de maneira dependente da concentração. Dois dias após a pulverização, de 4 a 7 g/100 ml, a alimentação foi totalmente inibida. Quatro dias após a pulverização, a alimentação ocorreu na concentração de 4 g/100 ml. Plantas de feijoeiro foram pulverizadas com extratos de flores (5 g/100 ml) e expostas à luz do sol. A alimentação aumentou dia a dia após a pulverização. Resultados mostram que a perda de atividade em condições de exposição ao sol é uma grande limitação para utilização de extratos aquosos de M. azedarach. Trabalhos de pesquisa visando formas para proteção dos compostos e que garantam a atividade de inibição da alimentação é uma grande prioridade.
Studies were carried out to determine the antifeedant activity of extracts of leaves, stems, flowers and fruits of Melia azedarach (L.), the dosage activity responses to the most active extract and the effects of sunlight in the activity persistence to Diabrotica speciosa (Genn.) beetles. Extracts efficiency was determined by evaluating leaf consumption. Insect feeding was deterred by stems, fruits and flowers extracts. Flowers and fruits extracts were the most efficient. Stems extract was in an intermediate position between the two most efficient and the least one (leaf extracts). The most active extract (flowers) was sprayed at concentrations of 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6 and 7 g/100 ml. Feeding of D. speciosa on common bean leaves extracts decreased significantly with increasing concentrations of flowers extract, responding in a concentration-dependent manner. Two days after spraying, from 4 to 7 g/100 ml concentrations, feeding was totally inhibited. Four days after spraying, feeding occurred in 4-g/100 ml concentration. When common bean plants exposed to sunlight were sprayed with flowers extract (5-g/100 ml), beetles feeding increased gradually after extract spraying. Results showed that the lack of activity under sunlight conditions was a great limitation to use M. azedarach aqueous extracts.