OBJETIVOS: Nossos objetivos foram investigar o volume da pituitária em pacientes com depressão sazonal de inverno e controles sadios, no inverno e verão, e avaliar os efeitos da fototerapia nesses pacientes. MÉTODO: O volume da pituitária de 12 pacientes com depressão de inverno e 12 controles sadios, pareados quanto ao gênero, idade e fase do ciclo menstrual, foi examinado por meio de imagem por ressonância magnética no inverno e verão. Oito pacientes foram submetidos à fototerapia (10.000 vs 2.500 lux) de forma duplo-cega e cruzada durante o inverno e reavaliados (sintomas e imagem por ressonância magnética) após o tratamento. RESULTADOS: Não houve diferença significativa no volume da pituitária entre controles e pacientes, no inverno e verão. A fototerapia (10.000 lux) reduziu os sintomas depressivos (p = 0,004), mas não alterou o volume glandular (p = 0,5). Contudo, o volume da pituitária, no inverno, mostrou uma correlação positiva com a gravidade da depressão nesses pacientes (r = 0,69, p = 0,04). CONCLUSÕES: Os resultados sugerem que nem a depressão de inverno, nem a mudança das estações estão associadas com a mudança significativa do volume da pituitária. Apesar do fato deste estudo ter sido realizado em uma região tropical, a fototerapia com 10.000 lux mostrou-se um tratamento eficaz nesta amostra.
OBJECTIVES: Our aims were to investigate the pituitary volume in patients with seasonal winter depression and healthy volunteers in winter and summer, and to assess the effects of phototherapy in these patients. METHOD: The pituitary volume of 12 patients with winter depression and 12 healthy controls, paired according gender, age and menstrual cycle, were obtained from magnetic resonance imaging in winter and summer. Eight patients were submitted to phototherapy (10000 vs. 2500 lux) in a double-blind crossover fashion during the winter, and reassessed (symptoms and magnetic resonance imaging) after treatment. RESULTS: There were no significant differences in pituitary volume between controls and patients in winter or summer. Exposure to phototherapy (10000 lux) decreased the depressive symptoms (p = 0.004), but the glandular volume did not change (p = 0.5). However, the pituitary volume in winter showed a positive correlation with the severity of depression in these patients (r = 0.69, p = 0.04). CONCLUSIONS: The results suggest that neither winter depression nor the change of seasons is associated with significant change in the pituitary volume. Despite the fact that this study was performed in a tropical area, phototherapy with 10000 lux showed to be an efficient treatment in this SAD patients sample.