JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Realizar um estudo a cerca da etiopatogenia e diagnóstico do deslocamento anterior da cabeça da mandíbula (DACM), bem como, de suas indicações terapêuticas: tratamento conservador e cirúrgico. CONTEÚDO: O DACM caracteriza-se pelo seu posicionamento anterior ao tubérculo articular, configurando uma desarmonia anatômica e funcional, em que o paciente não consegue fechar a boca. Pode estar relacionada à atividade anormal dos músculos da mastigação durante a abertura bucal, no ato de bocejar e até mesmo no ato de gargalhar. As modalidades de tratamento variam de técnicas conservadoras a técnicas cirúrgicas, dependendo fundamentalmente da complexidade e da sua periodicidade. Optam-se, primeiramente, por técnicas conservadoras para redução imediata, alívio temporário ou estabilização da articulação; frente à falha da(s) mesma(s) ou à impossibilidade de tratamento, pode lançar-se mão de técnicas cirúrgicas. CONCLUSÃO: Apesar de infrequente, em termos epidemiológicos, o DACM continua a desafiar o profissional da saúde, em função de sua complexidade e, ao mesmo tempo, imprevisibilidade. A escolha quanto ao tratamento recai sobre a experiência e manuseio do profissional. Faltam, até o presente momento, estudos longitudinais e ensaios clínicos aleatórios que possam comparar a efetividade terapêutica de cada modalidade.
BACKGROUND AND OBJECTIVES: To study the etiopathogeny and diagnosis of anterior dislocation of head of mandible (ADHM), as well as its therapeutic indications: conservative and surgical treatment. CONTENTS: ADHM is characterized by its position anterior to the articular tubercle, configuring an anatomic and functional disharmony where the patient is unable to close the mouth. It may be related to abnormal activity of mastication muscles during mouth opening, to the act of yawning and even to the act of guffawing. Treatment modalities vary from conservative to surgical techniques, depending fundamentally on the complexity and periodicity of the problem. The first options are conservative techniques for immediate reduction, temporary relief or stabilization of the joint; when they fail or the treatment is impossible, surgical techniques may be used. CONCLUSION: Although uncommon in epidemiological terms, ADHM is still a challenge for health professionals due to its complexity and, at the same time, because it is unforeseeable. The treatment of choice depends on professionals' experience and skills. To date, we lack longitudinal studies and randomized clinical trials to compare the therapeutic efficacy of each modality.