Resumo Resinas bisacrílicas são usadas em restaurações dentárias provisórias e têm mostrado vantagens em relação a outros materiais. O objetivo deste trabalho foi avaliar a citotoxicidade in vitro de duas resinas compostas bisacrílicas (Protemp 4 e Luxatemp Star), obtidas após 1, 7 e 40 dias da mistura com os componentes da resina, usando um ensaio padronizado empregando células primárias humanas fortemente relacionadas aos tecidos orais. Culturas de células de fibroblastos gengivais humanos foram expostas por 24 h aos extratos das resinas bisacrílicas, esferas de poliestireno (controle negativo) e látex (controle positivo), obtidos após diferentes períodos de incubação, a 37 °C e com 5% CO2. A viabilidade celular foi avaliada usando procedimentos multiparamétricos que envolvem a avaliação sequencial (usando as mesmas células) da atividade mitocondrial (ensaio XTT), a integridade de membrana (teste do vermelho neutro) e a densidade celular total (teste de exclusão do corante cristal violeta). As células expostas aos extratos mostraram viabilidade celular acima de 75% depois de 24 h. Mesmo quando as células foram expostas aos extratos com aumento do tempo de condicionamento, as resinas bisacrílicas não apresentaram efeitos citotóxicos significativos (p<0,05), comparadas ao grupo controle ou em relação às primeiras 24 h de contato com os produtos. Não houve diferença entre os resultados obtidos para as resinas bisacrílicas avaliadas entre as 24 h, 7 e 40 dias depois da mistura. Concluímos que as resinas bisacrílicas Protemp 4 e Luxatemp Star foram citocompatíveis com os fibroblastos gengivais humanos, sugerindo que ambos materiais são adequados para uso em contato com tecidos humanos.
Abstract Bis-acryl resins are used for temporary dental restorations and have shown advantages over other materials. The aim of this work was to evaluate the in vitro cytotoxicity of two bis-acryl composite resins (Protemp 4 and Luxatemp Star), obtained at 1, 7 and 40 days after mixing the resin components, using a standardized assay employing human primary cells closely related to oral tissues. Human gingival fibroblast cell cultures were exposed for 24 h to either bis-acryl composite resins, polystyrene beads (negative control) and latex (positive control) extracts obtained after incubation by the different periods, at 37 °C under 5% CO2. Cell viability was evaluated using a multiparametric procedure involving sequential assessment (using the same cells) of mitochondrial activity (XTT assay), membrane integrity (neutral red test) and total cell density (crystal violet dye exclusion test). The cells exposed to the resin extracts showed cell viability indexes exceeding 75% after 24 h. Even when cells were exposed to extracts prepared with longer conditioning times, the bis-acryl composite resins showed no significant cytotoxic effects (p>0.05), compared to the control group or in relation to the first 24 h of contact with the products. There were no differences among the results obtained for the bis-acryl composite resins evaluated 24 h, 7 days and 40 days after mixing. It may be concluded that the bis-acryl resins Protemp 4 and Luxatemp Star were cytocompatible with human gingival fibroblasts, suggesting that both materials are suitable for use in contact with human tissues.
